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Eri Johnson acerta ao rir do que nos une em ‘Aluga-se um Namorado’

Peça combina humor popular, exageros e afeto para revisitar relações familiares com leveza

R7 Teatro|Do R7

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‘Aluga-se um Namorado’ tem como casal protagonista Juliana Knust e Eri Johnson Reprodução/Instagram/@alugaseumnamorado

Mais de trinta anos depois de estrear no Teatro Princesa Isabel, Aluga-se um Namorado continua lotando plateias — e não é difícil entender o motivo.

A comédia dirigida por Eri Johnson combina humor popular, ritmo ágil e um olhar generoso sobre relações familiares. O texto pode apostar em caricaturas e situações absurdas, mas faz isso com um propósito claro: rir de nós mesmos enquanto reconhecemos, ali, um pedaço das nossas próprias famílias.


No palco, Eri surge completamente à vontade como Alex Schneider, o ator contratado para fingir ser o namorado judeu e médico de Sara, vivida por Juliana Knust.

A presença do ator é o motor da peça: o humor nasce do improviso calculado, de olhares que quebram a quarta parede e da energia que Eri imprime ao personagem desde 1992, quando estreou o espetáculo. Não por acaso, ele é o único remanescente do elenco original.


O enredo é leve, divertido e cheio de reviravoltas. Sara tenta enganar os pais tradicionalistas, interpretados por Myriam Rios e Raimundo de Souza, enquanto lida com a pressão do irmão psicanalista, Joel, papel de João Lima Junior. A comédia física, os exageros e a dinâmica entre os personagens arrancam risadas constantes, mas há momentos em que o texto encontra espaço para respirar e emocionar.

Um deles vem justamente em uma das cenas mais fortes da montagem: a conversa franca entre Sara e Joel, em que Juliana e João deixam de lado o tom caricatural e conduzem o público a um território de vulnerabilidade real. É ali que a peça acerta em cheio ao falar de união, expectativas familiares e do peso — ou do alívio — de ser quem se é dentro da própria casa.


Se o humor funciona graças à entrega do elenco, também fica a sensação de que o verdadeiro namorado de Sara, interpretado por Marcondes Oliveira, poderia ter um desenvolvimento maior na trama. O personagem até entra na confusão, trazendo novas situações cômicas, mas seu desfecho deixa a sensação de que faltou uma conclusão mais construída.

Ainda assim, Aluga-se um Namorado segue cumprindo o que promete desde sua primeira temporada: divertir. E quando o riso aparece acompanhado de afeto, ele se torna ainda mais valioso.


A plateia percebe que o elenco está se divertindo em cena, e esse sentimento contagiante ajuda a explicar por que o espetáculo, mesmo após tantas décadas, continua conquistando quem assiste pela primeira vez.

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