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Cachorra com hidrocefalia tem rotina compartilhada nas redes; entenda sobre a doença em cães

Especialistas detalham a condição e dão toques de como identificar, tratar e cuidar do animal que vive essa realidade

RPet|André Barbeiro*, do R7


Tutora compartilha rotina com sua cachorra com hidrocefalia
Tutora compartilha rotina com sua cachorra com hidrocefalia

Docinho é uma cadela que tem feito sucesso nas redes sociais por seu jeito fofo. Além do dia a dia, de seus looks estilosos, com tiarinhas e roupas, e das brincadeiras, a tutora da golden retriever compartilha com os mais de 62 mil seguidores no TikTok um pouco dos cuidados com a pet, que nasceu com hidrocefalia, uma condição pouco comum em cães.

Em entrevista ao RPet, o biólogo e especialista em ciências da natureza Lucas Jaques de Oliveira explica que a hidrocefalia em cães é uma patologia rara. "Ocorre o acúmulo do líquido cefalorraquidiano dentro do cérebro destes animais. Este líquido circula pelo cérebro e pela medula espinhal e está ligado ao desempenho de funções e nutrição do sistema nervoso central", ensina.

Esther Halfon, médica-veterinária integrativa, conta que esta doença pode aparecer nos animais de duas formas. "Pode ser congênita, ou seja, vêm desde o nascimento, ou pode ser adquirida com o tempo também."

Alguma raça tem predisposição para a condição?

Os profissionais comentam que algumas raças podem ter certa predisposição a esta condição. "É mais comum nos animais de pequeno porte, como o chihuahua", exemplifica Esther.

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Oliveira, porém, acredita que essa propensão se dá por outro motivo. "Os buldogues e os pugs são comuns de terem essa patologia, isso se dá por conta do formato do crânio", analisa.

Sinais, diagnóstico e tratamento

Docinho nasceu com hidrocefalia
Docinho nasceu com hidrocefalia

Esther diz que os principais sintomas são a deformidade no crânio e na órbita ocular. "Mas a depressão, apatia, comportamento diferenciado, cegueira, demência, agressividade, irritação, dificuldade de aprendizado, andar em círculos e convulsões também são sinais", lista.

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Ela estabelece que para o diagnóstico algumas avaliações são feitas, como o exame clínico e neurológico do animal. "Se necessário, são solicitados exames laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia encefálica, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Alguns exames são mais invasivos e, dependendo do quadro que o animal se encontra, necessitam de anestesia", afirma.

A veterinária conta que o tratamento é feito com medicamentos que reduzem o edema cerebral e a pressão intracraniana. "Dependendo do caso, o tratamento à base de medicamentos é eficiente, porém, para um melhor controle dos sintomas, algumas vezes, indica-se a cirurgia de desvio ventrículo-peritoneal", completa.

"Pacientes que tiverem episódios convulsivos precisam receber cuidados específicos, com medicação de escolha pelo neurologista conforme o quadro apresentado", lembra.

Cuidados

Por fim, a médica detalha alguns cuidados importantes que precisam estar no cotidiano das famílias com pets com hidrocefalia.

"Deve-se evitar brincadeiras mais agressivas, pulos de locais altos ou qualquer coisa que coloque em risco de bater a cabeça e piorar o quadro. É importante dar alimentação adequada com comidas menos “inflamatórias”, observar se o animal apresenta qualquer sintoma neurológico e fazer o tratamento de longevidade com seu veterinário de confiança", lista.

Veja um vídeo de docinho usando a coleira pela primeira vez:

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*Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna

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