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Médico veterinário aponta alimentação ideal para cães e gatos

Cuidado evita distúrbios gastrointestinais e intoxicação alimentar

RPet|Do R7 Bolsas de Estudo

Não importa o porte ou a raça, a melhor alimentação para cães e gatos é a ração, diz médico veterinário
Não importa o porte ou a raça, a melhor alimentação para cães e gatos é a ração, diz médico veterinário

É complicado resistir ao olhar insistente de pidão de cães e gatos de estimação, não é mesmo? Nessas horas o que deve prevalecer é o amor e cuidado, evitando dar qualquer alimento para que os pets não tenham nenhuma reação indesejada, como distúrbios gastrointestinais e intoxicação alimentar, que resultam em vômitos, diarreia e mal-estar, podendo até levar o animal a óbito.

Não importa o porte ou a raça, a melhor alimentação para cães e gatos é a ração, reforça o médico veterinário Ronaldo Argôlo Filho, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Unime. Isso porque, como explica Ronaldo, a ração é desenvolvida por especialistas, levando em conta diversos critérios específicos para cada espécie, como peso, idade e tamanho dos cães e gatos. “Os pets estão acostumados a ter sempre a mesma alimentação: a ração. Por isso, o organismo deles está acostumado a digerir “algo conhecido”. Quando o tutor fornece alimentos de seu próprio consumo para o pet, o organismo do bichinho precisa fazer um esforço grande para digerir aquele novo alimento, além deste potencialmente conter ingredientes inadequados, gerando problemas de saúde, como distúrbios gastrointestinais e intoxicação alimentar”, explica.

Caso queira fazer qualquer alteração na alimentação do animal, como trocar de ração ou começar a oferecer alimentação natural, é preciso prepará-lo para que se adapte gradualmente. Na dúvida, o especialista recomenda procurar um médico veterinário que possa receitar a dieta mais adequada para seu bichinho. “Se surgir alguma dúvida sobre a quantidade de ração a ser oferecida ao pet, recomendo seguir as medidas sugeridas no pacote de ração, pois elas são confiáveis. O ideal é que o alimento seja oferecido ao pet de forma que ele não fique muitas horas sem comer, conforme a rotina dos habitantes da casa: dê a ração pela manhã e à tarde, e ofereça petiscos adequados nos intervalos”, esclarece.

Ronaldo afirma que o tutor pode agradar o pet e variar um pouco o cardápio, fornecendo outras opções saudáveis como frutas específicas para cada animal, mas nunca substituindo a ração. Abaixo, confira uma lista de alimentos possíveis para essa situação.


Para cachorros:

• Abóbora sem tempero;


• Banana sem a casca;

• Beterraba cozida e sem tempero;


• Brócolis cozido e sem tempero;

• Batata doce cozida sem tempero;

• Carne bovina ou de frango cozida e sem tempero e sem osso;

• Cenoura crua e sem casca ou cozida sem tempero;

• Chuchu cozido e sem tempero;

• Couve-flor cozida e sem tempero;

• Espinafre cozido e sem tempero;

• Goiaba com casca;

• Inhame sem casca, cozido e sem tempero;

• Maçã sem a casca, sementes e o miolo;

• Manga sem casca e sem caroço;

• Manteiga de amendoim feita em casa, sem sal ou açúcar acrescentados;

• Melancia sem casca nem sementes;

• Pera sem casca, sementes e sem talo.

Para gatos:

• Carne de frango cozida sem tempero, gordura ou ossos;

• Carne magra bovina cozida sem tempero;

• Peixes cozidos sem tempero e sem espinhas;

• Ovos cozidos sem tempero;

• Abóbora;

• Cenoura;

• Espinafre;

• Brócolis;

• Maçã sem casca e sementes;

• Pera sem casca e sementes;

• Melancia sem casca e sementes;

• Melão sem casca e sementes;

• Banana sem casca.

Orientação profissional

Em primeiro lugar, antes de preparar qualquer alimentação natural, é essencial consultar um médico veterinário especialista. Só um profissional saberá formular uma nutrição animal adequada e equilibrada para seu pet, que contenha todos os nutrientes essenciais e não possua ingredientes que possam causar intoxicação alimentar. “Além disso, refeições caseiras aumentam o risco de doenças odontológicas, por causarem maior acúmulo de tártaro. Então, o tutor deve ficar de olho”, alerta o veterinário.

Por outro lado, a alimentação natural possui menos corantes, sal e está longe de processos industriais, o que traz efeitos benéficos na saúde do pet, quando elaborada com orientações profissionais. Se for orgânica, a alimentação se torna ainda mais saudável, por não apresentar produtos químicos. No caso dos gatos, a alimentação natural precisa prezar por maior concentração de proteínas, pois os bichanos são essencialmente carnívoros.

Cuidado redobrado com petiscos

Tanto para cachorros como para gatos, não é recomendável oferecer produtos industrializados, pois eles contêm sal, açúcares e condimentos que fazem mal ao organismo dos bichinhos. O veterinário alerta para o oferecimento de petiscos industrializados em excesso: por conterem mais gorduras e açúcares do que a ração, eles podem fazer mal a longo prazo. Outro ponto é que, consumindo muitos petiscos, o animal pode deixar a ração de lado, que é a alimentação mais saudável e recomendada.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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