Por que os chihuahuas tremem? Conheça mais sobre esses pequenos cães temperamentais
Especialista afirma que o comportamento dos cachorros desta raça é uma consequência da criação que eles recebem dos tutores
RPet|André Barbeiro*, do R7
Os chihuahuas são animais de porte pequeno, conhecidos por serem a menor raça de cachorros do mundo. Pearl, por exemplo, de 2 anos, tem nove centímetros e, devido a seu minúsculo tamanho, até entrou para Guinness World Records. Para entender melhor sobre esses bichos, o RPet conversou com Livia Romeiro, veterinária especializada em linha de cuidado, que explica sobre o temperamento, a famosa tremedeira e os principais cuidados que esses cães demandam.
A conduta estressada dos chihuahuasé uma característica do senso comum. Contudo, a profissional deixa claro que isso está relacionado diretamente à criação que eles recebem. "As pessoas tendem a superprotegê-los por causa do tamanho e eles acabam desenvolvendo padrões de comportamento de proteção ao dono. Isso acontece independente do seu oponente", explica Livia.
"Cachorros maiores tendem a ser criados com mais independência, diferente dos menores. Quanto maior ele é, maior sua autonomia e, por consequência, a sua estabilidade emocional diante das dificuldades. Os cães menores não conseguem lidar muito bem com os desafios, porque nunca precisaram enfrentá-los, sempre tiveram um humano para'defendê-los'", complementa.
Por que eles tremem?
Uma das maiores particularidades da raça chihuahua é a tremedeira. Não é difícil ver vídeos de cães com este comportamento nas redes sociais, por exemplo. Livia detalha que existem duas justificativas para isso.
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"A tendência a tremer ocorre por dois fatores: ansiedade, que acaba gerando esse reflexo, ou pelo próprio frio. Logo, o ambiente e a situação em que ele está devem ser avaliados para solucionar a causa principal", esclarece.
Eles se adaptam a apartamentos?
A veterinária afirma ainda que os chihuahuas se adaptam com facilidade aos ambientes mais limitados, porém, lembra que é importante atenção a este detalhe. "Como todos os cães, o estímulo mental não pode ser esquecido", diz.
"Mesmo sendo um cachorro menor, uma casa pequena não supre a necessidade de espaço do bicho. Por isso, passeio e parques são sempre bem-vindos", acrescenta.
Não devem ser tratados como um bebê ou como um acessório
Livia atenta para o fato de esses cães precisarem de um cuidado natural, por causa do porte pequeno. "Um adulto tropeçar em um labrador interfere muito menos do que tropeçar em um chihuahua. Uma queda de um colo se torna um risco tão grande quanto uma queda de uma sacada para um cão de maior porte", ilustra.
Ela também comenta sobre a necessidade da atenção à luxação de patelas. "Pode ser evitada através dos acasalamentos responsáveis e pode ser tratada de forma precoce, diante de avaliações ortopédicas."
Livia ainda faz um alerta essencial para os tutores que vão para cima e para baixo com o pet na bolsa. "É necessário entender que o chihuahua não pode e nem deve ser tratado como um bebê ou como um acessório que pode ser levado a todo canto dentro de uma bolsa. Ele é um cão como um pastor alemão, ou como um labrador, com suas necessidades, e deve ser estimulado como tal. Isso é importante para um temperamento equilibrado e um desenvolvimento saudável do cachorro como indivíduo", orienta.
Por fim, a especialista em cuidado lembra que é importante o tutor saber sobre a saúde dos pais daquele cão. "É essencial para ter mais tranquilidade quanto a alguns problemas que podem ser transmitidos geneticamente. Para isso, um veterinário poderá ajudar com tranquilidade", afirma.
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