Miguel Falabella foi ao velório de Cláudia Jimenez no Rio para se despedir da amiga
Reprodução/Record TVO ator, roteirista e diretor Miguel Falabella afirmou, durante o velório da atriz Cláudia Jimenez, que o país perdeu uma excelente artista. "Fiquei encantado com o talento raro, muito especial, com um tempo de comédia que dificilmente vai se ver outra vez tão cedo", disse emocionado.
Ele lembrou que conheceu a amiga, hoje com 63 anos, quando tinha 18, na Ópera do Malandro. Juntos fizeram teatro, cinema e TV. "Eu escrevi para ela, dirigi a Cláudia, contracenei com ela, então, para mim, é devastadora essa perda. Que ela receba nossas justas homenagens, porque foi uma artista que engrandeceu o nosso ofício e o nosso trabalho", ressaltou.
Miguel destacou uma lembrança antiga, uma ocasião em que Cláudia foi à casa dele em Copacabana (RJ) durante a semana e pediu que ele escrevesse uma peça que mostrasse não o lado cômico da atriz. "'As pessoas acham que eu sou uma palhaça. Escreve uma peça para mostrar a elas que sou uma boa atriz.' Eu escrevi, e foi um sucesso avassalador que mudou a minha vida e a dela", afirmou.
Na pandemia de Covid-19, a atriz ficou em isolamento por questões de saúde. Ela morreu na manhã deste sábado (20), no Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul da cidade. A família não autorizou a divulgação da causa da morte.
Segundo Falabella, a amiga, que sempre será lembrada pelo bom humor e pelo sorriso, já estava mal no hospital. "Olha o legado dessa garota, que venceu todos os preconceitos, todas as dificuldades, se impôs, e tinha um talento absurdo", finalizou.
O corpo de Cláudia Jimenez será cremado às 16h30, no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju. O velório acontece desde o meio-dia para as últimas homenagens à atriz.
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Humorista, dubladora e roteirista, a atriz tinha mais de 40 anos de carreira. Começou em 1979, na série Malu Mulher. Participou de programas de humor como Os Trapalhões, Viva o Gordo e Chico Anysio Show e ficou ainda mais conhecida com a personagem Dona Cacilda, na Escolinha do Professor Raimundo.
Foi eternizada também por viver na TV e no teatro a empregada doméstica Edileuza, em Sai de Baixo. Fez também carreira no cinema como atriz e dubladora, em filmes como A Era do Gelo.
Estava afastada da TV desde 2016 e vivia mais reclusa. A expectativa era que voltasse à TV em 2021, mas, devido à pandemia de Covid-19 e a questões de saúde, mais uma vez ela preferiu ficar sob os cuidados da família.
Desde 2016, Cláudia Jimenez estava afastada da TV e vivia mais reclusa
Facebook Stella Torreão/ReproduçãoEm 1986, descobriu um câncer no mediastino, uma das três partes em que está dividida a cavidade torácica. Depois de um ano e meio de tratamento com radioterapia, a atriz estava curada. Já em 1999, teve um infarto e precisou colocar cinco pontes de safena no coração. Também substituiu a válvula aórtica, em 2012. Dois anos depois, colocou um marca-passo.
*Com a colaboração de Daiana Fernandes, da Record TV