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Veja foto que viralizou com professora que costura uniforme rasgado de aluna no Quênia 

Joyce Malit relatou bastidores da escola, em que alunos precisam ir ao banheiro acompanhados por causa dos ataque de macacos

Virtz|Do R7

Joyce Sempela Malit costura uniforme da aluna Shirleen Saiton
Joyce Sempela Malit costura uniforme da aluna Shirleen Saiton

A imagem que mostra a professora Joyce Sempela Malit, 56 anos, costurando o uniforme da aluna Shirleen Saiton, oito anos, dentro da sala de aula, em Nairóbi, no Quênia, repercutiu nas redes sociais do mundo todo na última semana.

“Não poderia mandar a garota de volta para casa com o uniforme daquele jeito. Ela anda três quilômetros até chegar à escola, então seriam seis quilômetros assim. Nem posso começar a descrever como o vestido se parecia, mas fiquei feliz em ajudar", disse a professora Malit ao Nairóbi News, principal jornal em língua inglesa do país.

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Saiton é filha de pais nômades, que vivem e trabalham no interior de Nairóbi, e mora com a avó. A notícia ganhou repercussão após ter sido compartilhada no Facebook pelo criador de conteúdo digital Sammy Ondimu Ngare, conhecido no país por contar histórias inspiradoras da região.

A história da criança ganhou até conhecimento do ex-governador de Nairóbi, Mike Sonko, que foi atrás da menina para lhe dar conjuntos de uniformes, material escolar, sapatos e comida por pelo menos seis meses.


No Twitter, ele contou que contatou a administração da escola, pagou as mensalidades atrasadas e conseguiu que Saiton fizesse parte do internato da instituição. "Também cuidei da mesada e das compras [da garota] até o final deste ano", escreveu ele no tuíte.

Sonko também agradeceu a Sammy Ondimu por ter tornado a história pública.


Situação é ruim

A maioria dos 300 alunos da escola primária vem de lares de baixa renda. Por isso, casos como uniforme rasgado ou falta de comida são comuns na instituição, que também é precária.

Malit conta que os estudantes precisam ir acompanhados ao banheiro por causa dos constantes ataques de macacos, que acabaram se estabelecendo na região em busca de comida. “Mesmo quando as crianças estão brincando nos parques nós temos que vigiá-las."

A professora diz ainda que a comida oferecida na escola é cultivada na fazenda do diretor. "Às vezes, quando há alunos que vêm com um pouco de comida na lancheira, a gente ensina a dividir. Toda vez que um aluno traz comida de casa para a escola, ele compartilha. E é isso que nos ajuda a manter essas crianças lá. Elas são muito carentes.”

A professora Joyce Sempela Malit com a aluna Shirleen Saiton em frente à escola
A professora Joyce Sempela Malit com a aluna Shirleen Saiton em frente à escola

Com a comoção envolvendo o caso, a professora ganhou uma viagem com tudo pago de uma agência de viagens. Pancras Ratemo, CEO da Expeditions Maasai Safaris, elogiou a gentileza de Malit em depoimento à imprensa local e ressaltou a importância de reconhecer e recompensar atos de bondade: "Queremos expressar nossa gratidão oferecendo a ela um merecido descanso com férias gratuitas."

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