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Patricia Lages

Além de ganhar e economizar, é preciso saber como gastar dinheiro

Se o que tira dinheiro do nosso bolso são os gastos que fazemos, saber como usar o dinheiro é essencial

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Segundo Morgan Housel, o dinheiro é uma ferramenta para alcançar objetivos de vida e valores pessoais, e não um fim em si mesmo. Gc Mais

No livro A arte de gastar dinheiro, Morgan Housel – ex-colunista do Wall Street Journal e autor do best-seller A psicologia financeira – aborda um assunto sobre o qual pouco se fala: como gastar dinheiro.

A obra propõe ao leitor redefinir suas percepções sobre o dinheiro, mais especificamente sobre como usá-lo de forma a maximizar a sua felicidade e seu bem-estar. Housel explora a ideia de que o dinheiro é uma ferramenta para alcançar objetivos de vida e valores pessoais, e não um fim em si mesmo. Ou seja, apenas acumular dinheiro não torna a vida de alguém mais rica, pois o que enriquece é poder desfrutar dele.


Não se trata de gastar como se não houvesse amanhã, mas sim, de identificar nossas prioridades e o que realmente nos traz satisfação para, então, usarmos o dinheiro de forma a alcançá-las.

Housel não ensina como as pessoas devem gastar seu salário, mas leva o leitor a algumas reflexões baseadas em seis denominadores comuns:


1. Existem duas formas de se usar o dinheiro. Uma é como uma ferramenta para uma vida melhor. A outra é como uma medida de status para se comparar com os outros. Muitas pessoas aspiram à primeira, mas passam a vida correndo atrás da segunda.

2. O dinheiro é uma ferramenta que você pode usar. Mas, se não tomar cuidado, é ele que vai usar você. Ele o usará sem piedade e, muitas vezes, sem que você perceba. Para muitas pessoas, o dinheiro é ao mesmo tempo um ativo financeiro e um passivo psicológico. O desejo cego por mais pode tomar conta da sua identidade, controlar sua personalidade e excluir as partes da sua vida que mais proporcionam felicidade.


3. Dinheiro pode comprar felicidade, mas o caminho nem sempre é reto. Dinheiro em sai não compra felicidade, mas pode ajudá-lo a encontrar independência e propósito – ambos ingredientes fundamentais para uma vida mais feliz, se cultivados. Uma casa grande e bonita pode deixa-lo mais feliz, mas principalmente porque torna mais fácil receber amigos e familiares, e são essas pessoas que de fato trazem felicidade.

4. A felicidade duradoura está na alegria, portanto, as pessoas que são mais felizes com o dinheiro tendem a ser aquelas que encontraram uma forma de parar de pensar nele. Você pode valorizá-lo, apreciá-lo e até mesmo se maravilhar com ele. Mas se o dinheiro nunca sai da sua cabeça, é provável que você tenha se tornado obcecado, e então é ele que controla você. O melhor uso do dinheiro é como ferramenta para alavancar quem você é, nunca para definir sua identidade.


5. Se você está confuso em relação ao que seria uma vida melhor, “uma vida com mais dinheiro” é uma suposição óbvia. Mas, às vezes, isso pode mascarar problemas mais profundos. O dinheiro é tão tangível que é uma meta fácil de ser almejada, e ir atrás dele pode se tornar o caminho de menor resistência para aqueles que ainda não descobriram o que realmente alimenta sua alma.

6. todo mundo pode gastar dinheiro de uma forma que traga felicidade. Mas não existe uma fórmula universal para isso. As coisas boas que me fazem feliz podem parecer loucura para você e vice-versa. Os debates sobre o tipo de estilo de vida que você deve ter geralmente são apenas pessoas com diferentes características falando sem se escutar. O autor Luke Burgis coloca essa questão de outra forma: “Depois de satisfazer nossas necessidades básicas como criaturas, entramos no universo humano do desejo. E saber o que se quer é muito mais difícil do que saber o que se precisa”.

O livro traz vários insights importantes para quem quer fazer melhor uso do dinheiro. Vale a leitura: A arte de gastar dinheiro – Escolhas simples para uma vida equilibrada, de Morgan Housel, editora Harper Business.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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