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Patricia Lages

Como tomar decisões: abandonar o barco, ficar no barco ou deixar a maré levar?

Na vida pessoal ou profissional, como saber se é hora de tomar novos rumos ou manter-se no curso pré-definido

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A indecisão é a pior de todas as escolhas

Você está dirigindo em uma avenida movimentada bem na hora do rush, quando o trânsito é mais intenso e os congestionamentos são inevitáveis. Como você não está com pressa, coloca a sua playlist preferida para tocar e relaxa. Porém, o tempo está passando e você percebe que vai chegar atrasado, embora tenha saído cedo de casa. O estresse começa a despontar, a música se torna irritante e você se vê forçado a tomar uma decisão: continuar seguindo pela avenida principal ou arriscar um caminho mais longo pelas vias secundárias que devem estar com menos tráfego?

“Isso aqui não vai andar, preciso dar o fora! Mas e se o trânsito pelos bairros estiver pior? Aposto que se eu sair daqui o trânsito anda... Fico mais um pouco ou pego a próxima saída?”

Se numa situação simples como esta muitos simplesmente não conseguem chegar a uma conclusão, bem mais difícil será tomar decisões que envolvam a carreira profissional, operações financeiras importantes ou ainda questões familiares que podem afetar o futuro de todos.

O que precisamos entender é que, qualquer que seja o caso, é preciso decidir entre abandonar o barco ou continuar navegando. E o que jamais devemos fazer é justamente o que a maioria faz: viver na indefinição, deixando a maré conduzir o barco para onde bem quiser.


A decisão de mudar de caminho deve ser feita de forma consciente, ou seja, sabendo que pode até não ser a melhor escolha, mas mantendo o foco no novo caminho e não se o anterior teria sido melhor. Isso é abandonar o barco: seguir em frente sem ficar olhando para trás.

Assim também deve ser a decisão de manter-se no caminho: não desviar a atenção para a possibilidade de que talvez o outro fosse melhor. Isso é permanecer no barco: fazer todo o possível para que aquela decisão traga o melhor resultado.


Por mais que sejam opostas, ambas são decisões reais, intencionais e positivas, pois têm o poder de reunir a trindade que forma todo ser humano: corpo, alma (sentimentos e emoções) e espírito (inteligência, razão). Quando os seus pensamentos e sentimentos estão onde o seu corpo está, você desfruta da totalidade do seu ser e a probabilidade de que as coisas deem certo é muito maior.

Porém, o que a maioria das pessoas tem feito é deixar as coisas acontecerem por si mesmas para, depois, ver no que dá. É assim que elas permanecem anos em empregos que detestam, aturando relacionamentos tóxicos ou torrando cada centavo enquanto esperam que suas conquistas caiam do céu.


Se você detesta o seu emprego, abandone o barco de vez ou permaneça nele dando o seu melhor para eliminar esse sentimento negativo. Se está em um relacionamento tóxico, abandone o barco ou decida ficar com a condição de que a toxicidade não pode mais permanecer. Se está cansado de ver os anos passando sem conquistar nada, decida parar de torrar dinheiro e planeje-se para ter o que tanto quer.

A vida é feita de escolhas, algumas boas, outras nem tanto, mas quem é decidido e definido certamente tem muito mais chances de ser bem-sucedido. E lembre-se sempre que não escolher já significa fazer uma escolha, porém, a pior delas.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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