Veja 30 fotos históricas que marcam os 30 anos do axé

Imagens trazem parcerias de Olodum com Michael Jackson e até Bell sem a clássica bandana

Pop|Do R7

09/02/2015 - 00h30 (Atualizado em 16/08/2025 - 15h42)

O axé completa 30 anos em 2015. Este trintão da música nacional passou as últimas três décadas colocando o povo brasileiro para dançar ao som de músicas animadas e autênticas. Mas não foi só isso. Ele também ajudou a profissionalizar o mercado musical baiano e estruturou o Carnaval, blocos e trios de Salvador, cidade que hoje sedia uma das maiores festas ao ar livre do mundo. Durante o período, o estilo acumulou muita história para contar e imagens icônicas que ajudam a entender os motivos que tornaram o axé um dos estilos musicais brasileiros mais populares. Na foto acima, quatro dos mais importantes representantes do axé se reúnem em 1995, para comemorar a primeira década de existência do movimento. Carlinhos Brown, Bell Marques, Ivete Sangalo e Tatau são pilares essenciais para o estilo

Falando em Bell Marques e Chiclete com Banana, olha o trio elétrico da banda em 1980, muito antes do termo axé ser inventado. Apesar de o Carnaval de Salvador não contar com o apoio estatal, privado e midiático que tem hoje, os artistas locais já arrastavam multidões pela Bahia

Ivete Sangalo, em 1999, pouco tempo após deixar a Banda Eva, na qual foi revelada. A cantora ainda não sabia, mas se tornaria não só a maior representante de axé no País, mas também uma das mais importantes vozes femininas da história da música nacional

Em 1996, Michael Jackson e o cineasta Spike Lee vieram ao Brasil para um clipe com o Olodum. They Don't Care About Us (Eles Não se Importam Conosco) tinha uma letra com críticas sociais que se uniu perfeitamente ao estilo contestador da banda de samba reggae

Netinho, bem antes de se tornar conhecido em todo o Brasil com o hit Mila, se apresentou em trios elétricos pela Itália durante a Copa do Mundo de 1990. O baiano rodou o país europeu e mostrou que há 25 anos o mundo já queria conhecer melhor esse ritmo autenticamente baiano

20 anos depois, Netinho apareceu bem diferente, com um físico trabalhado e muito mais forte. Posteriormente, o cantor assumiu que usava anabolizantes e inclusive teve problemas de saúde por conta desses abusos

Acredite: em 1950, o trio elétrico era assim. O carro de som criado por Dodô e Osmar saía pelas ruas de Salvador durante o Carnaval para se apresentar como dupla com os instrumentos ligados à bateria do carro. Depois de um tempo, eles chamaram mais um músico para acompanhar e a banda passou a se chamar Trio Elétrico. O nome pegou e é usado até hoje

O Canto da Cdade
Maior sucesso de Daniela Mercury, O Canto da Cidade exalta o povo contestador de Salvador, que usa a cultura das ruas como forma de resistência à discriminação. A música ainda embalou os brasileiros na época do impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992, e ganhou um significado político. Com produção de Liminha (ex-baixista dos Mutantes, que trabalhou com Titãs, Paralamas e Ira!), o álbum traz o axé com uma roupagem mais pop e radiofônica. Não à toa, vendeu mais de 2 milhões de cópias

Durval Lelys e o Asa de Águia. Ao lado de Chiclete com Banana, a banda é responsável por ser uma das mais requisitadas nas micaretas de todo o Brasil

Embora pouco conhecido no Sudeste, Gerônimo é um dos responsáveis pela fusão entre ritmos africanos, rock e gêneros locais

Em 1986, quem fez a festa nas ruas de Salvador foram os garis, que limparam a cidade com muita animação, provando que o Carnaval é uma festa democrática

Apesar da faceta mais elitizada de seus discos, Daniela nunca deixou de cantar no Carnaval. O bloco Crocodilo ainda é um dos mais disputados da festa

"O momento mais marcante foi quando subimos em um trio elétrico no
carnaval de Salvador, em 1996. Fomos a primeira banda de samba do Recôncavo Baiano a tocar em cima de um trio. Antes de nós, as bandas de lá só se apresentavam em palcos.

Quando subi no trio, tive aquela sensação maravilhosa de ver o público
acompanhar a gente. Foi inesquecível"

Compadre Washington, vocalista do É o Tchan

Carla até hoje é casada com Xanddy, cantor do Harmonia do Samba. Eles formam o casal mais popular do axé

Carla Perez com Scheila Carvalho. A morena substituiu Deborah Brasil no grupo. Depois, foi a vez de Carla sair e dar lugar a Sheila Mello. A nova dupla de dançarinas do Tchan fez tanto ou mais sucesso que a antiga

Inseparáveis mesmo! Scheila Carvalho e Sheila Mello decidem engravidar juntas e cravam data

Teve axezeiro que compôs músicas até para a Xuxa. Cid Guerreiro, que dominava a criação de melodias marcantes, é autor de Ilariê, Tindolelê e muitas outras

Carlinhos Brown foi escolhido para tocar na noite reservada ao heavy metal no Rock in Rio 3, em 2001. O resultado não foi dos melhores e o cantor abandonou o palco embaixo de uma chuva de garrafas

Apesar de ter surgido no Timbalada, Carlinhos Brown tocou com o Olodum, em 2009

Gilberto Gil e o bloco Expresso 2222. Cantores baianos que não estão vinculados diretamente com o axé, como Gil e Moraes Moreira, também se apresentam regularmente na festa

Uma das raras fotos de Bell Marques sem a clássica bandana

"Vamos abrir a roda, enlarguecer". Quem não ouviu a introdução da música A Roda nos anos 80, certamente não morava no Brasil. Sarajane foi a precursora das cantoras sensuais que se tornariam símbolos sexuais do axé nas décadas seguintes

Luiz Caldas, cantor que é considerado o criador do movimento, hoje é um músico com várias facetas. Gravando em média um disco por mês, ele já se aventurou até pelo heavy metal

Ivete Sangalo e Tatau no estádio do Barradão, em 2009. A cantora estava grávida do primeiro filho, Marcelo

Pertinho do Carnaval, Ivete Sangalo brinca com Criolo em evento

Embora contestada por alguns, é impossível negar que Claudia Leitte já marcou história no axé. Uma das provas de sua importância foi a escolha para cantar o hino oficial da Copa do Mundo de 2014, ao lado de Pitbull e Jennifer Lopez

Ivete Sangalo e Claudia Leitte gravam música juntas para o Carnaval

Ivete Sangalo já gravou com Roberto Carlos e assim o axé ganhou a chancela do Rei no especial de fim de ano, que depois também deu espaço para o funk carioca

Nos últimos anos, o Carnaval de Salvador começou a receber shows de artistas de outros estilos. Não é mais uma festa apenas com axé. Jorge e Mateus, que inventaram a micareta sertaneja, foram um dos forasteiros no evento

Artistas gringos já vieram para o Carnaval de Salvador também. PSY esteve por aqui em 2013, quando sua música Gangman Style estava estourada no mundo todo

E até música eletrônica tem conseguido espaço no Carnaval. Steve Aoki se apresentou em 2014 no trio elétrico da Banda Eva

De vez em quando, o axé também produz seus one hit wonders, como Parangolé, que bombou o Rebolation em 2010. Na foto, Leo Santana divide o palco com Ivete, uma das admiradores do sucesso da banda. Na época, a cantora fez alguns duetos com o Parangolé

Para
Márcio Victor, vocalista do Psirico, o sucesso de Amanda tem uma justificativa:
"É um mérito da música Lepo Lepo que cresceu e vem crescendo muito. Na música, a gente fala de uma questão social, o desapego dos bens materiais.
Achei a versão da Amanda uma ideia maravilhosa! Ela arrebentou!"

O axé completa 30 anos em 2015. Este trintão da música nacional passou as últimas três décadas colocando o povo brasileiro para dançar ao som de músicas animadas e autênticas. Mas não foi só isso. Ele também ajudou a profissionalizar o mercado musical baiano e estruturou o Carnaval, blocos e trios de Salvador, cidade que hoje sedia uma das maiores festas ao ar livre do mundo. Durante o período, o estilo acumulou muita história para contar e imagens icônicas que ajudam a entender os motivos que tornaram o axé um dos estilos musicais brasileiros mais populares. Na foto acima, quatro dos mais importantes representantes do axé se reúnem em 1995, para comemorar a primeira década de existência do movimento. Carlinhos Brown, Bell Marques, Ivete Sangalo e Tatau são pilares essenciais para o estilo