Mais de 40% dos paulistanos aprovam Carnaval de rua, diz pesquisa da SPTuris

Com recorde de número de blocos de rua em São Paulo no Carnaval deste ano, a cidade foi tomada por festas e folia durante todos os dias do feriado. O Observatório de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, núcleo de estudos e pesquisa da SPTuris (São Paulo Turismo), realizou a primeira pesquisa de perfil de público no Carnaval de rua de São Paulo, que indica que o público aprovou a prática. O levantamento tem o objetivo de conhecer o público deste evento que cresce a cada ano na capital. 

De acordo com a pesquisa, realizada no último sábado (14), 42,20% do público presente no Carnaval de rua optou por ficar na cidade especialmente para curtir a programação. Sobre a infraestrutura oferecida aos foliões, mais de 86% do público afirmou que as ruas estavam limpas para a passagem dos blocos e 90% do público aprovou o esquema de segurança oferecido.

A presença dos paulistanos no Carnaval de rua é predominante, com 75,9% dos presentes, sendo 8,5% dos presentes vindos da região metropolitana. A presença dos turistas de outras partes do Brasil consolida-se com 13,62%. Já os estrangeiros equivalem a 1,98% dos presentes no evento. Ainda de acordo com a pesquisa, a permanência média dos turistas em São Paulo é de 3,8 dias e o gasto médio é de R$ 319.

Últimos blocos

Nesta terça-feira (17) a festa contou com 30 blocos. Destes, nove circularam pelas ruas da zona leste, seis no centro, seis na região oeste, cinco na região sul e quatro na zona norte. A estimativa dos organizadores é que mais de 70 mil pessoas aproveitaram a festa nas ruas.

Confusão na Vila Madalena tem bomba de efeito moral e ao menos 4 feridos

Vandalismo, pancadão e "concurso polêmico" tiram o sossego de moradores da Vila Madalena

As festas têm sido monitoradas por uma Central de Operações, que reúne representantes de 14 secretarias municipais e da Polícia Militar. De acordo com a Polícia Militar e a Defesa Civil, não foram registradas ocorrências graves e a festa correu com tranquilidade.

Vila Madalena

Apesar de a pesquisa indicar aprovação dos blocos, as festas na Vila Madalena geraram conflitos e confusão entre foliões e moradores. Na madrugada de terça-feira (17), a Polícia Militar reagiu com bombas de efeito moral ao ser atingida por garrafas de vidro na esquina das ruas Aspicuelta e Fidalga. A prefeitura tinha a intenção de acabar com a folia nas ruas do bairro até a meia-noite, mas a quantidade de gente dificultou a dispersão e causou problemas aos moradores.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, reconheceu que falta estrutura à região e defendeu a ação da polícia.

— A região da Vila Madalena não está preparada para aquilo. Não é um problema só de segurança pública, é um problema de polícia. A polícia estava lá garantindo a segurança, principalmente, dos moradores e dos garis. Não é possível que na Vila Madalena, que deveria ter, no máximo, 10 mil pessoas, chegue a ter 30 mil, 40 mil pessoas, mesmo após a 1h da manhã.