Às vésperas do Carnaval, MP-RJ pede interdição do Sambódromo
Órgão condicionou liberação do local à autorização do Corpo de Bombeiros e assinatura de termo de responsabilidade pela Liesa e a RioTur
Carnaval 2019|Karolaine Silva, do R7*
Às vésperas do Carnaval, o MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) ajuizou uma ACP (Ação Civil Pública), nesta quarta-feira (27), pedindo a interdição do Sambódromo, no centro, palco dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
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Na ação, o MP-RJ condiciona a liberação do Sambódromo a uma autorização especial do Corpo de Bombeiros mediante a vistoria e laudo técnico.
Além disso, o órgão também solicita que o Judiciário condicione a liberação do evento à assinatura de Termo de Responsabilidade pelos presidentes da Riotur e da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), gestores do Carnaval no Rio.
O documento deve apresentar um plano de obras para adequação das instalações físicas do Sambódromo e garantir a segurança.
A inspeção realizada pelo Gate, corpo técnico do MP-RJ, apontou uma série de problemas nos setores 3, 5, 7, 11 e 12 do Sambóromo.
No que diz respeito às instalações elétricas no Setor 3, por exemplo, o quadro de distribuição é antigo e possui várias ligações improvisadas. Há também disjuntores soltos, pendendo dos condutores que se ligam a eles. Na arquibancada, falta aterramento dos parapeitos e estrutura de suporte do painel de LED.
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Já no Setor 5, o quadro geral de distribuição não possui fechamento eficiente e apresenta instalações improvisadas, com disjuntor pendurado, vários cabos soltos e com emendas.
Enquanto na arquibancada, o quadro do barramento do telão está solto, e o cabeamento está ancorado na estrutura metálica que serve de parapeito.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que vai atuar, como nos anos anteriores, realizando uma vistoria prévia aos desfiles no Sambódromo com fins de concessão de autorização especial para o evento. A corporação informa, ainda, que estará presente no local com cerca de 200 militares, além de viaturas de atendimento pré-hospitalar e de combate a incêndio, como parte da tradicional Operação Carnaval da instituição.
Em nota, a Liesa informou que não foi notificada.
Procurados pelo R7, a Riotur não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira