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Patrick Congo fala sobre Até Onde Ele Vai e planeja futuro: ‘Quero abrir caminhos para outras pessoas se espelharem’

Em entrevista ao R7, intérprete de Rafael na série exclusiva do Univer relembra o início da carreira e comenta novo desafio

Até Onde Ele Vai|Ana Mello, do R7

Patrick Congo interpreta Rafael na série Até Onde Ele Vai, disponível no Univer Vídeo Divulgação/Seriella Productions

Patrick Congo está no ar como Rafael na série Até Onde Ele Vai, exibida exclusivamente no Univer Vídeo. Baseada em uma história real e escrita por Raphaela Castro, a trama conta a história de Michael (Caio Vegatti), de quem o seu personagem é melhor amigo.

“Eles são amigos de infância, cresceram juntos, só que o Rafael é um garoto que não tem pai nem mãe e sente como se estivesse atrapalhando a família do Michael, porque vê neles o que não teve. Então, ele entra para o crime com 13 anos”, conta.

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Com o lançamento da série no streaming, Patrick revelou já sentir falta da rotina com os amigos que fez em cena. “A gente deu tudo de si, me entrosei com todo mundo e é difícil dizer adeus. O elenco foi muito bem escolhido e eu ganhei uma família com esse projeto”.

Assim como o seu personagem, o jovem de 25 anos é nascido e criado em uma comunidade do Rio de Janeiro. Natural da Vila do João, no Complexo da Maré, zona norte da cidade, o ator relembrou o início da carreira e revelou o que já tem decidido para o futuro: fazer a diferença na vida de outros jovens como ele.


“Me vejo ainda como um garoto sonhador que quer mudar as estatísticas. Quero dar continuidade para a minha comunidade, abrir caminhos e portas para outras pessoas se verem e se espelharem”, destaca.

A frase é um reflexo de como Patrick enxerga a vida e a responsabilidade de seu ofício. Filho de um angolano e uma carioca, o ator começou no teatro aos 12 anos, no Entre Lugares Maré, um projeto social da comunidade onde vive até hoje. Na época, ele trocou a capoeira pelos palcos, pois “se apaixonou” pela atuação.


“Me encontrei no teatro, foi amor à primeira vista. Quando eu era criança, imaginava como as pessoas faziam para estar na televisão e perguntava para a minha avó se tinha que entrar nela [risos]. Sempre gostei de fazer drama, chorava à toa, fazia cena e minha família me chamava de artista”, lembra.

Coletivo AfroMaré

O gosto pela atuação rendeu frutos que Patrick fez questão de semear ao longo dos anos. Após participar do projeto Entre Lugares Maré, que o apresentou à arte, o ator criou em 2017 o AfroMaré, seu próprio coletivo de teatro ao lado do amigo Êlme Peres.


“O projeto [social] me tirou da rua, mudou a minha mentalidade, moldou o meu caráter. O teatro educa, a gente está sempre em desenvolvimento, sempre aprendendo. Eu vejo como uma troca e uma oportunidade de aprender mais. É dar de graça o que a gente recebeu de graça”, destaca.

Patrick Congo com Juan Ferreira e Renan Dionata, colegas de elenco em Até Onde Ele Vai Arquivo Pessoal

Sucesso e futuro

Em meio ao crescimento profissional, o ator também reflete abertamente sobre a responsabilidade que sente ao ser visto como referência onde mora. Apesar do reconhecimento ser entendido como positivo por ele, o sucesso ainda é um tema que o assusta.

“É uma responsabilidade muito grande, mas, ao mesmo tempo, é bom ouvir uma criança dizendo que me viu na televisão e sentir que vale a pena”, avalia.

Para o futuro, o ator vislumbra devolver à comunidade onde nasceu as oportunidades que teve na arte: “Sonho em dirigir algum projeto e colocar o pessoal da Maré para fazer um filme ou uma série comigo. Misturar a minha galera com quem eu já trabalhei num projeto só, gerar oportunidades”, conclui.

Até Onde Ele Vai tem dez episódios e é escrita por Raphaela Castro. A série já está disponível no Univer Vídeo.

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