Quem era Ruthetty, cantora de brega romântico encontrada morta em casa

A cantora paraense Ruthetty, nome artístico de Rute Gomes dos Santos, foi encontrada morta dentro de casa no bairro da Marambaia, em Belém, nesta quarta-feira (3), segundo familiares. A Polícia Civil informou que as circunstâncias da morte são investigadas sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio. A artista, que marcou a música romântica do Pará e se tornou uma das vozes mais conhecidas do tecnomelody, deixou um legado lembrado por diversas gerações.

A informação da morte foi divulgada nas redes sociais da própria artista, onde familiares afirmaram que ela foi localizada sem vida no início da manhã. A causa da morte ainda não foi informada.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que testemunhas serão ouvidas e que imagens de câmeras de segurança e perícias técnicas já estão em análise para auxiliar as investigações.

Ruthetty se tornou um dos nomes mais conhecidos da música romântica do Pará a partir dos anos 2000, quando ganhou projeção com sucessos como “Viver de Ilusão” e “Amor da Minha Vida, Eterno Amor”. As canções embalavam rádios, festas, bares e os tradicionais bailes da saudade. As letras marcadas por histórias de amor e sofrimento geraram grande identificação do público e seguem presentes em playlists e apresentações até hoje.

O gênero brega, parte importante da identidade cultural do Pará, encontrou em Ruthetty uma intérprete que ajudou a renová-lo durante a ascensão do tecnomelody no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. O ritmo eletrônico impulsionou sua carreira e lhe rendeu o reconhecimento como uma das principais vozes do movimento, conhecida entre fãs como ‘rainha do tecnomelody’.

A trajetória da artista também foi marcada por dificuldades. Nos últimos anos, Ruthetty enfrentava esquizofrenia e passou por um período de tratamento. Em 2018, amigos e músicos organizaram um show beneficente para auxiliar nos cuidados de saúde. Em 2019, ela voltou aos palcos em uma apresentação na Cidade Velha, em Belém.

A morte de Ruthetty provocou forte comoção nas redes sociais, onde fãs e colegas compartilharam homenagens e relembraram momentos marcantes da trajetória dela. Admiradores destacaram versos que atravessaram gerações e que continuam parte da memória afetiva de quem acompanhou a evolução da música brega e do tecnomelody no Pará.

A Polícia Civil segue com a investigação sobre a morte da cantora.

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