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Cynthia Erivo e Ariana Grande arrasam em ‘Wicked’, mas filme tem dificuldade em manter a expectativa

Longa inspirado em musical da Broadway, que conta a história de personagens coadjuvantes de ‘O Mágico de Oz’, estreia nesta quinta-feira (21)

Cine R7|André Barbeiro*, do R7

Ariana Grande e Cynthia Erivo em cena de 'Wicked' Divulgação

Chega de espera! O aclamado musical da Broadway Wicked, que aprofunda a história de O Mágico de Oz e é uma adaptação do livro de Gregory Maguire com o mesmo nome, estreia no Brasil nesta quinta-feira (21). O filme é estrelado por duas personalidades que fazem sucesso no mundo da música, Cynthia Erivo e Ariana Grande.

O longa dirigido por Jon M. Chu conta a história de Elphaba, a bruxa má do Oeste, e Glinda, a bruxa boa do Sul, que se conhecem na faculdade. Depois de um pouco de bullying por conta da pele verde de Elphaba e de algumas músicas de ódio e esperança, elas se tornam amigas.

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Com o decorrer da trama, o espectador descobre como a personagem amedrontadora de O Mágico de Oz, clássico lançado em 1939, se tornou tão malvada.

Para quem já assistiu ao musical nos palcos do Brasil em 2016 ou à nova montagem em 2023, estrelados por Myra Ruiz e Fabi Bang, que dublam as personagens, é fato que o longa não vai decepcionar. A versão cinematográfica só melhora algumas das cenas mais engraçadas, como o solo de Glinda em Popular.


Os momentos de tensão e drama também não ficam a desejar. Na verdade, Ariana Grande conseguiu dar um aspecto ainda mais profundo para a personagem, usada como alívio cômico em muitos momentos no teatro. Com ela, é possível enxergar as muitas faces de Glinda e as lutas internas que ela trava.

Assim como Cynthia Erivo, que permitiu que o público conhecesse uma Elphaba mais frágil, cheia de amor para dar e que só teve o coração partido.


O elenco ainda traz Jonathan Bailey, para dar vida ao galã Fiyero, e Michelle Yeoh, para viver Madame Morrible, que dá aulas de magia a Elphaba. O mágico de Oz fica na mão de Jeff Goldblum, que alcança o nível de cinismo e egoísmo do personagem com maestria.

Porém, ainda que seja uma obra-prima em termos de elenco, cenário e música, a adaptação para os cinemas peca quando quebra a expectativa do final do primeiro ato, que originalmente acaba com a icônica música Defying Gravity e tira o fôlego do público.


No longa, infelizmente, o diretor não soube trabalhar essa sensação e a cena, que deveria ter um impacto sem igual, não tira nem um suspiro e nem passa a mesma sensação de surpresa, emoção e “quero mais” que o teatro consegue.

A versão dublada também não é um desastre completo, mas quem a assitir depois de ver o original, com Cynthia e Ariana, vai se decepcionar com a falta de cuidado da direção. A sensação é que a equipe não teve tempo de concluir com perfeição e foi para o ar o que deu para fazer. Além de os alívios cômicos perderem o ritmo e muitas vezes a graça.

Apesar de um final trágico para aqueles que esperavam mais, Wicked é um filme bem dirigido e que consegue aproximar o espectador das personagens com perfeição. Quem ama a versão teatral vai gostar da adaptação para as telonas.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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