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Diretor de ‘Maníaco do Parque' diz que filme é ‘reparação histórica' às vítimas

Em entrevista ao Portal R7, equipe e elenco do projeto contam sobre o longa

Cine R7|Julia Pujar*

Silvero Pereira é o protagonista de 'Maníaco do Parque' Divulgação

A história de Francisco de Assis, preso no fim dos anos 90 por matar sete mulheres e abusar sexualmente de outras nove no Parque do Estado, na cidade de São Paulo, já é bem conhecida. Agora, um filme tenta mostrar um pouco o lado das vítimas.

“Ele (Francisco) contou a versão dele, a história dele, e nunca foi dada voz às mulheres que foram vítimas dele. A gente resolveu fazer uma reparação histórica a essas mulheres, e contar um pouco do que elas viveram”, disse Mauricio Eça, diretor de Maníaco do Parque, ao Portal R7.

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A visão é confirmada por Marcelo Braga, produtor do filme que estreou no streaming nesta sexta-feira (18). “A narrativa delas é trazida por meio dessa busca implacável da jornalista Elena (vivida por Giovanna Grigio), que vai atrás desse maníaco e, com os depoimentos das vítimas que conseguiram escapar desses ataques, chega próxima de resolver o caso.”

Esse é o quarto trabalho de Maurício e Marcelo juntos. A dupla já trabalhou nos filmes do caso Suzane Von Richthofen, e a parceria tem tudo para se renovar, já que o diretor confirmou que em 2025 irá lançar mais um filme baseado em, de acordo com o próprio, “um caso muito conhecido”.


Quem também está envolvida na produção de Maníaco do Parque é Thaís Nunes, estudiosa do caso. Ela conta como enxerga a importância do filme no momento atual, em que Francisco de Assis, uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial, deu declarações de que não se arrependeu do que fez.

“É sobre refletir tudo o que nós, enquanto sociedade, podemos fazer com pessoas como o Francisco e como podemos evitar que pessoas como ele ajam por tanto tempo impunemente”, diz Thaís, que também é diretora do documentário e da áudio-série sobre o caso que chegam ao Prime Vídeo e ao Audible em novembro.


Quem ajuda a trazer o lado psicológico do assassino é Marta, personagem de Mel Lisboa. Irmã da protagonista e psicóloga, ela tem a função de explicar ao público as condições de Francisco.

“(A proposta é) não ficar apenas falando dos crimes, da busca e do sensacionalismo em torno disso que a mídia fez na época, mas dizer como funciona a mente deles”. conta Mel.


Francisco de Assis é vivido por Silvero Pereira. De acordo com o ator, este é um dos papéis mais desafiadores de sua carreira: “Eu tive que trabalhar o meu comportamento, a minha prosódia… Todos esses desafios foram muito interessantes para mim, porque me traziam a possibilidade de um estudo para uma construção de um personagem que tem absolutamente nada a ver comigo”.

Silvero divide o protagonismo do filme com Giovanna Grigio, que vive uma jornalista que encara o preconceito dos seus colegas de trabalho para investigar o caso do Maníaco do Parque. A atriz conta que o papel deu a ela a oportunidade de quebrar as características dóceis muito presentes nas personagens de sua carreira e encarar novas emoções.

“A Elena olha a história do Maníaco do Parque e não um homem que matou várias mulheres, ela vê a história de várias mulheres que tiveram a vida terminada por ele”, conta Giovanna, que também detalha como fez para trazer a visão da mídia em sua personagem: “Eu trabalhei principalmente essa questão de ser questionadora, de me sensibilizar com as histórias das pessoas, e me sinto mais forte por causa desse olhar mais sensível que eu consegui desenvolver”.

Com um elenco que ainda conta com nomes como Xamã, que faz sua estreia em longas, Marco Pigossi, Bruna Mascarenhas e Olivia Lopes, Maníaco do Parque já está disponível no Prime Vídeo.

*Sob supervisão de Lello Lopes

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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