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Cinema de Segunda

‘Deadpool & Wolverine’ diverte os fãs, mas fica longe de salvar o MCU

Filme estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (25)

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window


Ryan Reynolds e Hugh Jackman em cena de 'Deadpool & Wolverine' Divulgação

Deadpool enche a boca para falar, mais de uma vez, que é o salvador da Marvel. É balela do Mercenário Tagarela. Deadpool & Wolverine, que estreia nesta quinta-feira (25) nos cinemas brasileiros, diverte os fãs do personagem e dos quadrinhos, mas passa longe de salvar o Universo Cinematográfico da Marvel.

Único filme do MCU em 2024, Deadpool & Wolverine é um produto totalmente criado para os fãs. A começar, é claro, com a volta de Hugh Jackman ao papel de Wolverine, sete anos após o ator australiano ter aposentado as garras do personagem no ótimo Logan.

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Em Deadpool & Wolverine, ele assume uma versão mais mal-humorada do personagem, um super-herói amargurado por se sentir culpado por uma tragédia com os X-Men em seu universo. Mas ele é justamente a âncora que Deadpool precisa para salvar o seu próprio mundo de uma extinção iminente.

A situação se complica quando eles caem em um mundo dominado por Cassandra Nova, a superpoderosa irmã rejeitada do Professor Xavier. A trama ainda inclui a AVT, a Autoridade de Variância Temporal, que é o centro da história nas duas temporadas da série Loki.


O problema é que nada faz muito sentido. As peças simplesmente não se colam. Existe até uma tentativa de aumentar o peso dramático da história com a dualidade do herói que rejeita a posição de herói e o pária que quer virar um herói, mas isso desaba na fragilidade do roteiro.

No fim, o fiapo de trama só serve de escada para as piadas tipo quinta série de Deadpool e para justificar algumas participações especiais de personagens antigos da Marvel. Mesmo que isso agrade ao público, e pela reação animada no cinema agrada mesmo, algumas escolhas ainda assim soam forçadas.


Deadpool & Wolverine só se salva do desastre porque entrega um belo fan service. Ryan Reynolds e Hugh Jackman estão bem confortáveis com os seus personagens. A amizade de quase 20 anos dos dois atores também transparece na tela: a química entre eles é incrível.

As piadas com Marvel, Disney e Fox funcionam, apesar de serem um pouco repetitivas. E algumas aparições especiais são realmente empolgantes. O que deixaria o filme ainda mais forte se tanta coisa não tivesse sido divulgada ou vazada nos últimos meses.


Quando chegou às telonas em 2016, Deadpool apresentou um sopro de novidade no cinema de herói. Agora, já no seu terceiro filme, o personagem está bem encaixadinho na fórmula do gênero. Deadpool & Wolverine vai dar muito dinheiro para salvar o caixa da Disney na temporada. Já o MCU vai continuar no buraco em que está metido desde Vingadores: Ultimato.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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