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Veja por onde andam 5 atores das propagandas que fizeram sucesso na TV brasileira

Relembre os icônicos garoto 1001 utilidades, tio garanhão do refrigerante e mais!

Do Meu Tempo|Renato FontesOpens in new window

Comerciais marcantes reprodução

Se você cresceu assistindo TV nos anos 1980, 1990 ou no início dos anos 2000, é bem provável que tenha algumas propagandas inesquecíveis gravadas na memória.

Tinha o baixinho da cerveja, o tio garanhão, o garoto das mil e uma utilidades... O tempo passou, mas a curiosidade ficou: por onde andam essas e outras figuras que marcaram a nossa infância e adolescência?

Nesta semana, o blog Do Meu Tempo vai relembrar cinco rostos inesquecíveis e mostrar como eles estão hoje. Spoiler: tem muita história boa!

Baixinho da Kaiser

O primeiro personagem da nossa lista é um baixinho de bigode e boina na cabeça envolvido em situações engraçadas, sempre acompanhado do jingle “a Kaiser é uma grande cerveja, ninguém pode negar”. Se você leu esse trecho cantando é sinal que é 30+


Quem deu vida a esse personagem foi José Valien Royo, um espanhol de Barcelona que chegou ao Brasil aos 14 anos com a família. A relação dele com a marca de cervejas aconteceu por acaso.

Em 1986, Royo prestava serviços de motorista e figurante para uma produtora de comerciais. Naquela época, uma famosa agência de publicidade, que estava tentando ganhar a conta da empresa cervejeira, contratou os serviços dessa produtora para a criação de um comercial-piloto, uma vez que a cervejeira não havia solicitado o trabalho.


Como o orçamento era apertado, a produtora escalou os próprios funcionários para a gravação. O roteiro e o cenário eram bem simples: um grupo de homens em um banheiro, todos de costas, fazendo xixi e cantarolando “A Kaiser é uma grande cerveja, ninguém pode negar”, enquanto arriscavam alguns passinhos de dança.

Entre eles estava José Valien, o único que não acertava a coreografia. Mas, por incrível que pareça, foi justamente o jeito espontâneo e meio desengonçado dele que conquistou um dos donos da agência. Resultado? Ele ficou no comercial e o projeto seguiu adiante.


A cervejaria aprovou a ideia, a agência conquistou a conta, o comercial foi ao ar e pronto: o baixinho de bigode e boina virou o rosto oficial da marca. De 1986 até 2010, José Valien foi o eterno garoto-propaganda da Kaiser, estrelando mais de 80 comerciais ao longo de 24 anos de parceria.

A campanha com o baixinho fez tanto sucesso que conquistou diversos prêmios no Brasil e no exterior, incluindo o cobiçado Leão de Ouro no Festival de Cannes, o mais prestigiado da publicidade mundial.

José Valien Royo, atualmente com 79 anos, vive hoje no Guarujá, litoral de São Paulo, longe dos holofotes.

Garoto Bombril

Carlos Moreno é outra figura emblemática da história da propaganda brasileira. O ator estampou as campanhas da marca de produtos de limpeza de 1978 a 2004, quando já tinha 337 comerciais gravados. Mesmo após o término do seu contrato, voltou para participações pontuais até 2017.

Seu personagem era um químico industrial reservado e minucioso, que criava os produtos e tinha orgulho da empresa que trabalhava. O carisma do garoto-propaganda rapidamente conquistou a simpatia das donas de casa.

A parceria entre o ator e a marca deu tão certo que rendeu a Moreno o título de garoto-propaganda mais longevo do mundo, reconhecido pelo Guinness Book, o livro dos recordes, ainda em 1994.

Ao longo desses 35 anos, o ator deu vida a vários personagens nos comerciais e até prestou homenagens a grandes nomes do Brasil e do mundo, entre eles, Ronaldo Fenômeno, Gil Gomes (1940-2018), Filó, Silvio Santos (1930-2024), Bill Clinton e Che Guevara (1928-1967). Em 2007, ele ainda teve a chance de dividir a cena com ninguém menos que Pelé (1940-2022).

O que pouca gente sabe é que antes de se tornar um dos rostos mais conhecidos dos comerciais graças ao comercial criado pelo saudoso publicitário Washington Olivetto (1951-2024), Carlos Moreno se formou em arquitetura pela USP (Universidade São Paulo) e fez pós-graduação nos Estados Unidos, porém nunca exerceu a profissão.

Atualmente, Carlos Moreno está com 71 anos e continua trabalhando como ator e estrelando comerciais.

Bailarino da C&A

Sebastian Soul, nome artístico de Sebastião Aparecido Fonseca, é outro ícone da propaganda brasileira. Entre 1990 e 2010, o ator, cantor e bailarino foi o rosto da C&A.

Em 1990, estrelou a campanha “Abuse e Use”, unindo dança e atuação, tornando-se também o primeiro garoto-propaganda negro do Brasil. Foram inúmeros comerciais ao longo de 20 anos de parceria com a marca.

Aos 59 anos, o ator continua atuando no mundo da publicidade. Em 2024, lançou um livro onde compartilha sua trajetória, da infância humilde em Belo Horizonte (MG) até se tornar um ícone nacional da moda. Ao lado da esposa, também participa de uma ONG em Osasco (SP), dedicada à reintegração de ex-detentos à sociedade.

Tio da Sukita

Parece que foi ontem, mas já são 26 anos que o ator Roberto Arduin interpretou o ‘Tio da Sukita’, um homem cinquentão, de camisa e suéter pendurado no ombro, que tenta paquerar uma jovem em diversas situações, a mais clássica delas no elevador, porém em todas elas toma um fora.

Depois do sucesso da propaganda, Arduin ainda atuou em diversas novelas e peças de teatro. Em 2018, o ator voltou a interpretar o tio para um comercial de uma marca de bebidas em cápsula.

Diferente de 1999, desta vez ele vive um tiozão descolado: anda de bicicleta, usa meia alta e tênis de skatista. O que não mudou foi a forma dele xavecar as novinhas.

Roberto Arduin, hoje com 74 anos, ainda trabalha como ator e mora em São Paulo com a família.

“Quer pagar quanto” da Casas Bahia

“Quer pagar quanto?” Com certeza você se cansou de ouvir na TV o bordão do ator e apresentador Fabiano Augusto nos comerciais das Casas Bahia, de 2002 a 2006.

Mesmo após o fim da primeira parceria com a rede de varejo, ele chegou a fazer trabalhos pontuais para a marca nos anos seguintes.

Em 2018, aproveitou o Dia dos Namorados para assumir sua homossexualidade. Aos 49 anos, Fabiano Augusto é casado com um diretor teatral, cantor e compositor. Ele segue na carreira de ator, onde já atuou em diversas peças teatrais.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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