As boas surpresas no novo álbum da Blitz
Banda resgata canções de diversos artistas e estilos, dando o toque ‘Blitz’ nelas

A Blitz está de novo álbum na praça. NuDosOutros (assim mesmo, tudo junto) faz um resgate de artistas e estilos diferentes, exaltando diversidade e brasilidade. São regravações de nomes como Zé Keti, Erasmo e Roberto Carlos, Belchior, Paulo Diniz, entre outros, além da própria Blitz. O Enigmas do Rock conversou com o vocalista Evandro Mesquita, que falou sobre este lançamento e outras novidades.
O álbum foi gravado na pandemia, em 2022. “A gente gravou quatro álbuns na pandemia, em um estúdio caseiro. Eu e o Billy Forghieri (tecladista da Blitz). Foi o que segurou nossa onda. Fizemos a produção de álbuns e singles que já saíram e agora estamos lançando esse, com interpretações e canções da Blitz que nos marcaram. E convidamos músicos para participar virtualmente, como Ximbinha, Bino (baixista do Cidade Negra), George Israel, Miltinho Edilberto (violeiro), Funk Como Le Gusta. Foi um disco prazeroso, com músicas que a gente tinha ligação emotiva e que tinha a ver com nosso universo”, contou o vocalista.

Evandro afirmou que a tour que a Blitz está correndo o país, a “Agora é a Hora”, deve incluir algumas canções desse álbum no setlist.
“É meio dramático fazer o setlist. Uns querem umas músicas, outros querem só as antigas. Eu sempre quero oxigenar para tornar o show mais vivo e atual. É bacana mostrar o que a gente fez, mas também o que andamos fazendo”.
Inclusive, se você é de São Paulo, eles estarão no próximo sábado, dia 12 de julho, no Tokio Marine Hall, com um show cheio de sucesso e surpresas.
Mas antes de trazer cada canção do novo álbum, mais novidades: “Temos dois álbuns já prontos que é o Lado Blitz (Lado B de Blitz), com músicas que a gente adora, mas que não tiveram grande repercussão ou veiculação nas rádios. Todas elas já saíram nos álbuns da Blitz, mas agora com arranjo atualizado”, revelou.

Vamos faixa a faixa do novo álbum, com palavras do próprio Evandro Mesquita:
Faixa 1 - Sentado à Beira do Caminho – A gente queria ter um Erasmo e Roberto Carlos e acho essa música linda quando o Erasmo cantava. A gente fez uma turnê com o Erasmo e eu cantava essa música com ele e acho ela cinematográfica. (Essa canção já havia sido gravada pela Blitz no álbum Rei, de 1994).
Faixa 2 – Pingos de Amor – É uma canção do Paulo Diniz, que tem uma pegada mais popular que a gente curte. Antes de gravar, eu fiquei ouvindo ““I want to go back to Bahia” e outras coisas dele.
Faixa 3 – Nega Dina - Descobri essa música do Zé Keti porque minha mãe tinha um disco da peça Opinião. Eu ficava ouvindo e decorava os diálogos e achava sensacional a Nega Dina. Eu falei: vamos gravar essa música. E teve participação do meu amigo Rogê Brasil. Fiquei contente de ter resgatado essa pérola.
Faixa 4 – Solidão Galopante – O Pedroca (autor) é um ator brilhante e durante a pandemia ele fazia uma novela no Instagram com filtros e tinha personagens hilários. Ele cantava essa música. Eu achei engraçada porque ela é surreal e eu respondia com filtro falando que tinha estudado com ele no ginásio e entrei nessa brincadeira de ficção. Falei: vou fazer um arranjo e surpreender o Pedroca. Ele adorou.
Faixa 5 – Sujeito de Sorte – O Belchior sempre foi um cara muito instigante. Ele veio com uma representatividade muito bacana. A gente quis resgatar essa canção, que tem uma forte mensagem. Ficou muito legal.
Faixa 6 – Sonho – É uma música linda, uma poesia maravilhosa do Gilberto Gil, superatual, falando dos indígenas. A música tem a viola do Miltinho Edilberto. Eu descobri o Miltinho no Instagram participando do programa do Rolando Boldrin, tocando uma viola deslumbrante. Mandei uma mensagem pra ele perguntando se ele toparia colocar uma viola na música do Gilberto Gil. Ele mandou essa viola que, realmente, ficou muito bonita.
Faixa 7 – Colhendo Lírio –Sempre achei muito bonito esses pontos de umbanda. A canção traz uma poesia, uma paz, uma leveza. Ela foi a primeira música que a gente gravou. Era inusitado a Blitz fazer uma versão de pontos sagrados e ficou bonito. (A música é de domínio público)
Faixa 8 - Ondas da Noite –A gente gravou essa música no álbum “Línguas”, que gravamos em Miami. Ficamos 40 dias em uma casa, a gente brigou, acabou, foi um final trágico. Mas esse álbum caiu no limbo. Adoro essa música, que tem uma pegada funk forte e chamamos o Funk Como Le Gusta para participar. Ela traz essa atmosfera, alma da Blitz , todo esse conceito de mistura, de sonoridade, ritmo. (Essa canção tem a autoria de Evandro Mesquita, Ricardo Barreto e Bernardo Vilhena)
Faixa 9 – Você Não Soube Me Amar – Jazz Experience - Essa versão foi uma surpresa. O estúdio DG3 Music mandou essa versão e falei: não vou regravar ela nessa altura do campeonato. Ouvi duas, três vezes e pensei: tem um “borogodó” interessante, sofisticado. Colocamos como um bônus track. É uma música que todo mundo conhece de um jeito e, de repente, vem uma outra versão, sem perder a sua essência.
Confira abaixo a entrevista completa:
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