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Morre o guitarrista Rogério Meanda, autor do solo icônico de ‘Exagerado’

Rogério estava na Blitz e assinou composições com Cazuza, entre elas, ‘O nosso amor a gente inventa’

Enigmas do Rock|Fabricio MazoccoOpens in new window

Morre Rogério Meanda, guitarrista da banda Blitz MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO - 17/04/2011

Quando o músico Nico Rezende, que estava produzindo o primeiro álbum solo de Cazuza, convidou Rogério Meanda para participar do disco, a ideia inicial era que ele tocasse guitarra em uma música. O plano mudou depois de Cazuza ouvi-lo: ele tocou em todas as faixas do álbum Exagerado (1985) e é dele o solo icônico da faixa-título, considerado um dos melhores solos de guitarra do rock nacional.

Rogério faleceu nesta segunda-feira (25), conforme comunicado emitido pela banda Blitz, com quem Meanda tocava desde 2005, período em que a banda lançou 5 discos de estúdio: Eskute Blitz, Aventuras II, Supernova e NuDusOutros, lançado neste ano.

Entre os artistas que Rogério já tocou, estão Lenine, Gal Costa, Bebeto Alves e Roberto Carlos, o que comprova a diversidade do guitarrista em diversos estilos da música brasileira. Mas foi no rock que Meanda deixou seu nome cravado, tanto na execução da sua guitarra como na composição.

Meanda (esq.) tocava na Blitz desde 2005 Fabricio Mazocco/Enigmas do Rock - 30.07.2022

Já no primeiro disco solo de Cazuza, Meanda participou da composição de Medieval II, junto com Cazuza. No segundo disco, o guitarrista teve uma participação ainda maior. Certa vez, Cazuza chegou no estúdio para um ensaio e Meanda fazia uma música que tinha feito, um arpejo. Cazuza ouviu e nem deu bom dia para ninguém: foi direto ao microfone e começou a cantarolar, dizer frases que depois se transformaram na clássica Só se for a dois, que, inclusive, deu o nome ao segundo álbum de Cazuza, lançado em 1987.


E não ficou por aí. Um dia, em conversa com Cazuza, contou sobre a história de uma garota que estava saindo, que não havia dado certo. Cazuza ouviu atentamente. Logo trouxe a letra de O nosso amor a gente inventa, parceria dele, com Meanda e João Rebouças.

Ainda neste disco de Cazuza, Meanda também assinou as composições de Completamente blue (Cazuza, Meanda, George Israel e Nilo Romero), Vai à luta (Cazuza e Meanda) e Lobo Mau da Ucrânia (Ezequiel Neves, Cazuza, Meanda, Rebouças, Romero e Fernando Moraes).


Rogério Meanda já tem seu nome na história do rock brasileiro, tanto pela sua guitarra, pelas suas composições, como pela sua trajetória de vida. Salve, Meanda


*Com colaboração do @enigmasdorock

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