Sérgio Brito, dos Titãs, e sua bossa nova em novo disco solo
‘Mango Dragon Fruit’ é seu sexto disco solo e conta com várias participações

Quem está acostumado a ouvir Sérgio Britto, dos Titãs, urrando “polícia para quem precisa...”, ou “será que é isso que eu necessitoooo...”, talvez estranhe o novo álbum solo que está lançando, o Mango Dragon Fruit.
Mas quem acompanha a carreira de Britto fora dos Titãs vai mergulhar ainda mais em seu universo musical mais amplo, com requinte e sofisticação, e que representa um passo adiante na construção de sua identidade como artista em seu sexto disco solo.
As particularidades do disco começam pelo próprio título. “Esse é o nome de um soft drink favorito dos adolescentes. E, na verdade, eu escolhi porque ele dá nome a uma música do álbum que eu falo sobre essa descoberta da sexualidade na adolescência. Como tem esse nome que parece uma fruta tropical, um drink tropical, eu associei essa ideia da coisa do fruto proibido, do pecado”, explicou Britto em entrevista ao Enigmas do Rock.

A proposta estética do álbum já vinha sendo lapidada ao longo dos discos anteriores, porém mais sólida e coesa, com letras líricas, pessoais, e ao mesmo tempo sensíveis às questões atuais.
“Eu sempre gostei desse registro da bolsa nova, dessa música popular brasileira, dessa vertente que é mais cool, que é mais sofisticada e para mim mais interessante. Embora nos Titãs isso às vezes não apareça, eu sou um cara mais cool, eu sou mais introspectivo. Isso era um caminho que eu queria trilhar”, afirmou.
Também é marcante no novo álbum, além do Britto compositor, o Britto músico, principalmente com o protagonismo do piano em algumas faixas. “Eu realmente resolvi tocar mais nesse último disco do que nos outros porque eu acho que quando eu toco a coisa também fica com uma marca diferente. Eu poderia ter chamado instrumentista mais gabaritado que eu para gravar essas partes, mas eu optei por isso, exatamente porque eu acho que personaliza mais o meu trabalho, e as músicas instrumentais que eu faço”.
O álbum traz diversas participações especiais: Ed Motta divide os vocais em “Problemática com Estilo”; Fernanda Takai participa em “Não Se Fala Mais Nisso”; Bebel Gilberto está na faixa-título; Roberto Menescal canta e toca guitarra semiacústica na versão de “O Barquinho”, além de Tamara Salles, Brothers of Brazil (Supla e João Suplicy) e instrumentistas como Ubaldo Versolato, Marcos Suzano e João Parahyba.

O álbum ainda inclui uma “participação” saudosa com a gravação de “Eu sou do Tempo”, composição de Rita Lee e Roberto de Carvalho, que está em um especial de televisão, mas que nunca havia sido registrada em um álbum.
Britto pretende colocar o novo álbum na estrada. Ele já havia combinado com os outros Titãs de usar um final de semana por mês para agenda de seu show solo, que inclui as músicas dos álbuns anteriores, do novo álbum e sucesso dos Titãs, como “Go Back” e “Epitáfio”, todas dentro de um mesmo ambiente msuical.
O disco foi gravado no estúdio Midas e produzido pelo multi-instrumentista e produtor Sérgio Fouad (com quem Britto já havia trabalhado nos Titãs), o artista Guilherme Gê (membro da banda Hecto e parceiro em vários projetos) e Apolo 9, produtor renomado com quem assinou duas faixas do disco.
Confira abaixo, a entrevista completa com Sérgio Britto.
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