A atriz Gilda Nomacce, 51 anos, já acumula mais de 100 personagens entre cinema (longas e curtas) e televisão. E tamanha experiência certamente também acabaria por chamar a atenção das plataformas de streaming. Bingo!
Nomacce já marca presença em duas séries, incluindo “Cidade Invisível”, como Ana, mãe do personagem Bento (Tomás de França), o Lobisomem. Em conversa com a coluna, a atriz comenta sobre esse novo momento da carreira.
Você entrou na segunda temporada de Cidade Invisível (Netflix). Como foi a experiência?
GN - Cidade Invisível [resposta da audiência] está sendo espetacular. Um momento incrível da minha vida. Eu acho que o streaming traz muita visibilidade. Inclusive internacionalmente. Filmamos com restrições, por conta da pandemia e foi maravilhoso gravar com pessoas de outras regiões.
E como foi gravar no Norte [Belém do Pará]?
GN - Esse lugar, de filmar e ensaiar em uma floresta, foi uma experiência incrível. Tivemos muito cuidado para representar o folclore brasileiro. Foi necessário conhecer outros atores da região, perguntar como eles gostariam de interpretar aquela história.
Vejo que muitas produções vão para o Norte, mas poucas acontecem lá, fico feliz por essa visão que eles [o audiovisual] estão tendo de conhecer e falar mais de outras regiões do Brasil.
Eu, enquanto uma atriz paulista, fiquei maravilhada por poder representar outra região do Brasil além do eixo Rio-São Paulo. Pensando também em temas urgentes como meio ambiente.
Eu desejo que atores do Norte também façam dramaturgias. Essa mistura de culturas é o Brasil, um país tão grande com diversas culturas.
Além de Cidade Invisível, você também está em outra série no streaming, correto? Você é uma das protagonistas?
GN - Eu também estou na série “Desejos S.A”, da Star+.
Na verdade, serão 6 episódios, cada um com uma protagonista. Em um deles, eu sou a Lucimar, a protagonista, uma empregada doméstica, com um enredo bem bacana.
Você é conhecida por diversos papéis, mas ultimamente está mais focada no streaming. Esse será o novo rumo da sua carreira?
GN - Na verdade, não é bem assim. Eu estou recebendo muitos convites de diretores e produtores que estão com projetos no streaming e pensei: ‘eles estão fazendo uma aposta em mim, não só confiando, como investindo também’.
Com isso, no momento, estou focada nesses projetos porque preciso entregar uma qualidade necessária. Eu construí uma relação muito boa com o audiovisual. Mas, tenho muita vontade de fazer algo na TV aberta.
Eu acho que o streaming abriu portas. Ele fez a aposta em mim que a TV aberta ainda não fez, então, quero me aventurar nele, mas não posso negar, ainda espero convites para fazer uma novela.
Meu sonho desde criança era fazer uma novela.
E agora, quais projetos você nos reserva?
GN- Eu estou me preparando para as gravações de um novo filme de terror chamado “Prédio Vazio”.
As filmagens acontecerão em Vitória, no mês de agosto. O filme será dirigido pelo cineasta Rodrigo Aragão.
Além disso, ainda está em fase inicial, mas vou produzir um documentário em parceria com a diretora Mariana Youssef e Donizeti Mazonas – ator, dançarino e diretor.
O projeto aborda a história de dona Sebastiana, uma cozinheira que muda de vida ao entrar em uma companhia de teatro e se tornar atriz.