Se você está cético sobre a tese aqui levantada de que até saber ler, algo tão básico e necessário, pode ter um lado ruim, seguem abaixo algumas defesas incontestáveis.
Escreve a moça do perfil @EstudanteDesempregada: “No Brasil tudo é político. Hoje aprendi que o prefixo “eiro” é preconceituoso, só serve pra profissões inferiores. Pedreiro, marceneiro, jornaleiro”.
Assim como prefixo é o que vai no início e não no fim da palavra, a garota que parece não estar desempregada à toa também inverteu a ordem: colocou a lacração antes da noção. Só nos resta saber o que ela diria sobre banqueiro ou engenheiro?
Sobre um post que dizia: “O Big Brother de George Orwell é o mais real de todos”, o rapaz que se autointitula o maior conhecedor de todas as edições do BBB, questiona: “Esse cara foi de qual edição? Confesso que não tô lembrando”.
Em uma discussão sobre os altos impostos cobrados no Brasil, contrariando todas as expectativas, eis que @ColetivoManasDeFé solta esta: “Gente, é melhor pagar imposto do que gastar o dinheiro à toa. O meu pai mesmo gasta tudo no bar. Pelo menos os políticos usam pra ‘luxar’, comprar coisa boa. E mesmo os caras roubando, a gente tem o SUS, que é onde a gente leva o pai quando ele cai bêbado na rua. Bêbado incomoda e eles sempre atendem rapidinho”.
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...
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