Abaixo a liberdade, viva o controle!

Artistas, personalidades, jornalistas e influenciadores vão às redes sociais exigir mais controle e regulamentações e menos liberdade

Um movimento crescente iniciado em março de 2020 tem chamado a atenção nas redes sociais. Tudo começou com uma série de postagens exigindo que as autoridades dessem um jeito em quem não obedecesse a ordem de ficar em casa por apenas duas semanas. “O que é que custa? Será como se todos estivéssemos de férias!”, postou uma celebridade.

Várias famosas gravaram vídeos dando dicas do que fazer com tanto tempo livre em casa. Uma delas postou: “Estou pintando com os meus filhos! Compramos estas tintas em Paris e finalmente vamos poder usá-las para decorar nossa mansão!” #fiqueemcasa #eucuidodevocêvocêcuidademim #férias #vaipassar

As fotos com textão também fizeram sucesso: “Gente, que tudo! Vejam esta lagosta grelhada ao molho de laranja com risoto pesto que eu fiz! Bom, minha secretária do lar que fez, mas eu tirei do forno sozinha! É que agora ela só tem meio período para fazer tudo, sabe? Então a gente tem que colocar nossa própria comida no prato. Mas a louça a gente deixa para ela lavar e guardar no dia seguinte, porque se ela não tiver o que fazer vai perder o emprego, né? Ah! Lembrando que ela só vem porque a gente paga o Uber, viu? Além disso, ela vem de máscara e entra pela área de serviço. A gente mal se cruza por questões de segurança. Vai saber se ela traz alguma coisa ruim da rua? Estamos focados em salvar vidas!” #achatandoacurva

Com o passar do tempo, o movimento foi e crescendo mais e mais. Agora, artistas, personalidades, influenciadores e até jornalistas querem mais controle e menos liberdade. Os artistas querem voltar a gravar e fazer shows, mas nada de bagunça! Só sai de casa quem for prestigiá-los, claro. Já os jornalistas querem regulamentação da imprensa, pois de tão perdidos com tanta fake news, ninguém sabe mais o que é verdade ou mentira. É preciso que alguém dê esse “toque” em prol de um mundo “real oficial”.

E nada de entrar e sair livremente de qualquer lugar. Só porque as pessoas tomaram três doses de imunizantes, continuam usando álcool gel, medindo a temperatura doze vezes ao dia, mantendo distanciamento social e andando de máscara até onde não tem ninguém, não quer dizer que estamos seguros. As exigências atuais do movimento são:
“Queremos passaporte sanitário”

“Queremos mais vigilância”

“Controlem nossos passos, nossas palavras e nossos atos”

“Liberdade mata”

Entre nesse movimento você também! Ou melhor, nem precisa, pois você já está nele...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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