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Melhor Não Ler

Ame quem te rouba, odeie quem te emprega

Regra básica do país onde empresário é explorador, lucrar é errado e Estado – que cobra muito e entrega pouco – é protetor de todos

Melhor Não Ler|Do R7

Patrão compra casa própria e trabalhadores se revoltam: "explorador dos pobres!"

Aqui vai a pergunta de trilhões de reais: se você quisesse se apropriar, todos os anos, do valor correspondente a cinco meses de salário de cada trabalhador de um país inteirinho, sem que quase ninguém percebesse e ainda achasse que você é o cara, o que você faria?

Talvez você levasse a vida toda bolando um plano, mas nem chegasse perto de ser bem-sucedido. Porém, o Estado da Brazucolândia descobriu o que mais se aproxima de fórmula do babado perfeito: arrumou um vilão para apontar todos os canhões contra ele.

O mais genial de tudo é que o Estado conseguiu fazer o próprio trabalhador odiar quem lhe dá emprego e renda e amar quem fica com quase metade do que o trabalhador produz. É isso: a pessoa que é obrigada a entregar 150 dias de trabalho todos os anos aos cofres públicos (recebendo migalhas em troca), não vê o Estado como seu inimigo, mas quando o assunto é o patrão, aí a coisa fica feia...

Cada um dos 594 parlamentares da Brazucolândia custam mais de R$ 44 milhões por ano, tudo pago pelo povão que, por sua vez, já se acostumou e nem liga mais. Mas se o patrão compra um carro, ele é um explorador sem coração.


Já o STF custou, só em 2024, R$ 897,6 milhões, um valor quase 40% maior do que o gasto da Família Real britânica, que foi de “míseros” R$ 645,1 milhões, no mesmo ano. Mas se a empresa der lucro e o patrão comprar uma casa, é melhor ele se preparar porque o bicho vai pegar! Vai ser de ganancioso pra baixo, sem dó nem piedade.

E como ainda estamos em abril, é melhor você sair da internet e voltar a trabalhar. Não é porque você está matando o tempo que deveria estar trabalhando, mas sim, porque ainda falta mais de um mês para você inteirar a grana que terá de entregar de mão beijada ao Estado. Mas não desanime, colega, lembre-se sempre que, pelo menos, “o SUS é de graça”!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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