Apesar de acelerada, geração Z demora dez vezes mais para se comunicar
Linguagem inclusiva adotada pelos “zoomers” exige a citação de todas as variáveis tornando a comunicação demorada
Melhor Não Ler|Do R7
Uma pesquisa identificou que apesar de a geração Z ser conhecida pela pressa e o imediatismo, ela é a mais lenta na hora de se comunicar. O estudo se baseou em um teste simples, onde pessoas da geração X (nascidas entre 1965 e 1980), os “millenials” (nascidos de 1981 a 1999) e a geração Z (nascidos nos anos 2000), deveriam convidar um amigo para jantar no dia seguinte.
O primeiro grupo, formado pela geração X passou a mensagem em segundos, usando pouco mais de dez palavras: “Passa em casa amanhã, a gente janta e bate um papo”.
Em seguida foi a vez dos millenials, que já necessitaram de mais tempo: “Estava pensando em te chamar para jantar amanhã, o que você acha? É só pra gente espairecer um pouco, desopilar, aliviar o estresse, nada de mais. Se você realmente for eu vou ficar muito feliz mesmo. Gratidão!”
Mas o destaque ficou por conta da geração Z, que logo se dividiu em três grupos. O maior deles foi de pessoas que não toparam a tarefa alegando ser de “alta complexidade”. O segundo grupo até topou, mas não conseguiu lidar com a pressão e abandonou a tarefa. E o terceiro, apesar de menor, concluiu a tarefa, levando dez vezes mais tempo do que qualquer geração anterior:
“Oi, você pode falar? Não estou atrapalhando, né? Tem certeza? Você está bem? Não que eu ache que você não está bem, você tá com uma cara ótima hoje. Mas não só hoje, você está sempre com a cara ótima! Não que você ligue para aparência, eu sei, só falei por falar... Seguinte: o que você acha de jantar comigo amanhã? Faz sentido para você? Sei que eu falei jantar, mas pode ser almoço, e não precisa ser amanhã, pode ser qualquer outro dia, nada contra. Ah, e deixa eu esclarecer uma coisa, ou ‘escurecer’ uma coisa, como você preferir: eu tô chamando só você, mas não é porque eu não gosto dos meus outros amigos, sério! Inclusive, se você achar que é meio ‘nada a ver’, me faz saber, tá? De boa, a amizade continua... A gente pode ir naquele restaurante vegano, glúten ‘free’, com menu virtual sustentável. Eles foram um dos primeiros a cancelar o canudo plástico, desde aquele vídeo que viralizou, aquele da tartaruga sangrando pelo nariz, sabe? Era muito sangue, cara, lembra? Que triste... Nossa, fiquei mal agora... Na boa... esquece o que eu falei. Vamos ter que cancelar... não tô sabendo lidar com isso que eu tô sentindo só de lembrar, juro!”
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...
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