Jovem paulistano acorda do coma e descreve alucinações: “parecia real, estou em choque!”
Paciente revela o que viu e ouviu durante os 59 dias que esteve em estado de coma: “experiência traumática”
Melhor Não Ler|Do R7
O universitário Enzo Guilhermino, paulistano de 19 anos, caiu de um muro de três metros de altura, no dia 30 de agosto, em um bairro nobre da cidade de São Paulo, enquanto tentava invadir uma residência. Ao chegar ao local, a polícia encontrou Enzo caído e confuso, agarrado a uma bandeira do MSTMT (Movimento Seu Teto é Meu Teto) repetindo frases sem sentido, como: “Função social... esse imóvel tem que cumprir função social... ele vai ganhar.... agora vai... ele vai ganhar e vai ser tudo nosso!”
Socorrido pelos policiais, Enzo deu entrada no hospital já em coma, e assim permaneceu até a noite de domingo, 27. Enquanto seus pais assistiam o resultado das eleições municipais, o jovem abriu os olhos aos gritos: “Que pesadelo! Alguém me diga que tudo não passou de um pesadelo!” Assustados com a reação, mas felizes ao verem o filho desperto, seus pais o tranquilizaram:
“Filho, você esteve em coma, bateu a cabeça fortemente, mas agora está tudo bem, calma!”
“Em coma? Ah, que maravilha! Que alívio!”, exclamou Enzo e continuou: “Mãe, pai, eu preciso contar uma coisa horrível, parecia real, gente! Eu vi coisas que... acho que estou em choque! Eu era militante do MSTMT! Eu me vi invadindo propriedade privada, botando fogo e depredando imóveis dos outros... Pai, o senhor acredita que eu andava com uma camiseta do Che Guevara, pai? Logo eu que sou gay! Mãe, eu dizia coisas do tipo: Cuba não é ditadura, o agro é morte e que meus pronomes eram ‘elu, delu’!”
O pai tentou situá-lo, dizendo: “Filho, na verdade isso não foi apenas um...”, mas Enzo o interrompeu:
“Eu sei, pai! Eu sei que isso é terrível, mas tem mais! Eu vi que um cara do movimento era candidato a prefeito. Só que ele tava diferente... tava de terno, falando umas coisas muito loucas, tipo... que nunca invadiu lugar nenhum, negando que batia boca com policial, falando que gostava dos caras e que ia até comprar armamento para a polícia... Pior: tudo quanto era artista tava apoiando o cara, até gente que nem paulistano era... Ah! Escuta essa: o cara foi o mais votado nos presídios! Uma facção criminosa mandou os presos votarem nesse cara, vocês acreditam? Mas agora vem o fim: o cara ganhou e quando a gente chegou em casa, tinha umas pessoas estranhas morando lá... Que experiência traumática!”
O médico, que acompanhou todo relato, tranquilizou a todos: “Queridos, há coisas que a medicina não explica, mas uma boa pancada na cabeça pode fazer milagres!”
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