Juiz dá 24 horas para que hotéis expliquem ausência do 13º andar
Ação movida pelo Sindicato da Cidadania Azarada exige a presença do andar de número 13 em reconhecimento à classe
Melhor Não Ler|Do R7

O juiz José D. Zokupado, da 68ª Vara Cível de Fortuna, estabeleceu um prazo de 24h para que a rede de hotéis Plaza explique o motivo da exclusão do 13º andar de todas as suas unidades. Caso a direção do império da hospedagem não respeite o prazo poderá receber multa diária de R$ 13.313,13.
A ação que levou o juiz a tal determinação foi movida pelo Sindicato da Cidadania Azarada (SCA), que acusa a rede Plaza de evitar o número 13 por preconceito contra as pessoas em situação de azar e pede que a Lei 13.313, de 13 de agosto de 2013, que classifica a azarofobia como crime seja respeitada.
“Os azarados enfrentam preconceito em diversas camadas da sociedade. Não somos convidados para casamentos, nunca somos escalados para nenhum tipo de esporte e temos dificuldades de conseguir emprego todas as vezes que nos obrigam a fazer testes de sorte. Estamos fadados a frequentar apenas casinos e bingos, mas já é hora de a sociedade respeitar a diversidade”, afirmou a presidente do SCA, Dolores Malchance, que também desabafou: “Os azarados pagam a mesma tarifa que os sortudos, portanto, é imperativo termos nossa representatividade garantida!”
Além de cumprir o prazo apresentando uma justificativa plausível para a exclusão do numeral símbolo da classe, a rede também terá de apresentar um programa para implantação de locais “bad luck friendly” em todas as suas unidades. Em respeito às pessoas que não falam inglês, toda sinalização deve estar também em português (espaço do azar), espanhol (espacio de la mala suerte) e italiano (spazio sfortunato), além de outros nove idiomas, somando 13 línguas.
“Esperamos que a rede hoteleira mais popular do país, que ainda não foi suplantada por outra, reconheça a importância da adoção de medidas no contexto de suas hospedagens e que também adote outros símbolos do universo do azar como a utilização de imagens de gatos pretos e que não haja mais a presença tóxica de pés de coelho, trevos de quatro folhas, nem ferraduras atrás das portas”, determinou o juiz em sua citação.
Esta crônica é fictícia, embora poderia não ser...