Mundo está tão complicado que, mesmo calados, estamos sempre errados
Palavras proibidas, pronomes a gosto do freguês, enxurrada de novos termos e um aviso: sorria, você estará sempre errado!
Melhor Não Ler|Do R7
Como dizem por aí, o mundo não gira, capota! E para que você saia como o menor número de escoriações possível depois das quatro capotadas que a Terra dá todo santo dia, aqui vai uma pequena contribuição para a “Novilíngua” que vem aí para provando que a estupidez natural é altamente superior à inteligência artificial. Bora!
Para questões de gênero
- Não é mais menino ou menina é “menine”.
- Não é mais mocinha é ser que menstrua.
- Não é mais gestante é pessoa que está esperando “ume menine”.
- Não é mais mãe é pessoa que teve “ume menine”.
- Não é mais lactante é pessoa que produz leite.
Para questões arquitetônicas, urbanísticas e decorativas
- Não é mais favela é comunidade.
- Não é mais capacho é tapete de cerdas para limpar a sujidade dos calçados.
- Não é mais casa pobre é casa humilde (ainda que lá more a mais arrogante das famílias).
- Não é mais criado-mudo é mesinha de cabeceira (ainda que não seja uma mesinha e que fique na lateral da cama e não precisamente na cabeceira).
Para questões gastronômicas
- Não é mais teta-de-nega é doce que se pede apenas por mímica.
- Não é mais maria-mole é doce cuja textura não é firme.
- Não é mais batata ao murro é batata amassada com amor, sem qualquer violência.
- Não é mais bolo floresta negra é “moço, me dá aquele ali”, apontando o bolo floresta negra com o dedo até o moço acertar qual é e dizer: “Ah! O floresta negra!”.
- Não é mais orelha de burro é pavilhão auricular de pessoa com inteligência limitada.
Para questões de classe social e narrativas livres de estigmas
- Não é mais morador de rua é pessoa em condição de rua.
- Não é mais mendigo é pessoa sem-teto que solicita donativos.
- Não é mais pobre é pessoa empobrecida (isso vale para escravo: pessoa escravizada; doente: pessoa adoecida).
- Não é mais baixa renda é pessoa explorada pelo capitalismo.
- Não é mais ladrão é pessoa que deu um jeito de conseguir o que quer sem ser trabalhando (pois trabalhar é ser explorado pelo capitalismo).
- Não é mais criminoso ou bandido (ainda que confesso) é pessoa que supostamente infringiu a lei, mas como gostamos muito dela fingiremos que não.
Anote e decore logo, antes que tudo mude novamente!
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