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Morto há 15 anos, jogador de futebol ganha vida em videogame

Kiyan Prince estreou no jogo FIFA 21 em maio deste ano; iniciativa faz parte de projeto criado para apoiar outros jovens atletas

Virtz|Do R7

A versão virtual de Kiyan Prince no FIFA 21
A versão virtual de Kiyan Prince no FIFA 21

Kiyan Prince era uma grande promessa do futebol britânico e joia da base do clube Queens Park Rangers quando foi morto a facadas há 15 anos, no dia 18 de maio de 2006, enquanto tentava interromper uma briga fora de sua escola.

Mas, graças à tecnologia e ao esforço em conjunto de diversas pessoas e empresas, ele ganhou vida no FIFA 21, a versão mais recente do famoso jogo da empresa Electronic Arts. As informações são da revista Fast Company.

Desde maio, jogadores de videogame de todo o mundo podem escolher Prince como membro de seus times, A criação de uma versão virtual e atual do jogador, que estaria com 30 anos de idade, faz parte da iniciativa "Vida longa ao Prince", da KPF, na sigla em inglês, instituição que carrega o nome do esportista e tem como objetivo apoiar jovens atletas, além de promover a conscientização para evitar crimes como o que vitimou Kiyan.

Estímulo aos jovens

Mark Prince, pai de Kiyan e fundador da KPF, espera que o projeto sirva para estimular outros jovens a procurarem ajuda. “É um jeito de facilitar a obtenção de apoio”, diz.


“Eles não querem ir ao serviço social, nem pedir ajuda por telefone. Mas eles irão jogar e a ajuda estará bem ali. Qualquer que seja o problema a ser enfrentado, basta entrar em contato com a KPF e, se não tivermos a resposta, encontraremos alguém que a tenha", destaca.

Ele também espera que, ao conhecer a história de Prince, os jogadores de FIFA 21 se engajem e contribuam financeiramente para ajudar a KPF em sua missão. 


James Salmon, diretor de marketing global da Eletronic Arts para a franquia FIFA, diz que o jogo nunca teve uma iniciativa como essa em 28 anos de história e destaca a complexidade do processo.

"Desde o início do projeto, estávamos empenhados em representar Kiyan da forma mais autêntica possível, desde o envelhecimento de sua aparência até o desenvolvimento de suas características em campo e estilo de jogo ”, afirma.


“Queríamos garantir que Kiyan aparecesse no jogo como o superstar que ele teria sido", acrescenta ele.

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Para recriar Kiyan no jogo, foram usadas imagens digitais em 3D de seu pai, irmãos e avô. Como o jogador foi morto pouco antes de os smartphones ganharem popularidade, não havia muitas filmagens dele para à disposição.

Houve ainda a ajuda do professor Hassan Ugail, da Universidade de Bradford, que trabalha com envelhecimento forense para casos criminais e de desaparecimento.

Mark diz que trazer seu filho de volta à vida virtual foi emocionante. “Não vou fingir que foi fácil”, assume. “ Foi preciso encontrar as pessoas certas para ajudar, amigo de Kiyan, pessoas com quem ele brincava. Tem sido um processo difícil, mas eu soube no minuto em que me perguntaram que essa era uma parte da jornada que eu deveria encarar", conclui.

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