A escolha do pai - por Andrea Moura Fernandes

Olá mamães,

Tudo bem?

No texto de hoje, nossa querida colunista Andrea, fala sobre a importância do pai na vida de um filho. 

Aposto que muitas mamys vão se identificar com o assunto de hoje. Então, boa leitura!!!

(Foto de internet)

Antes de começar o texto já vou adiantar que talvez algumas pessoas possam achar um pouco estranho sobre o tema que vou abordar hoje, mas vamos adiante.

Vocês já repararam que o sucesso de nossas empreitas depende totalmente de nossas escolhas, objetivos e ações, não é mesmo?

Se na nossa vida tudo demanda uma escolha, mesmo para as tarefas mais simples, como nossas amizades; nossas roupas, de acordo com cada ocasião; aonde vamos sair no final de semana; qual será o próximo destino de nossas férias, então cara colega pergunto eu, você já pensou em escolher o pai para seu filho?

Apesar de esta questão envolver nosso lado mais passional vamos analisar friamente a questão, só por um momento. Se engravidar e ser mãe faz parte de um projeto e todo projeto precisa ser estudado e calculado pergunto eu, você está segura na escolha da pessoa que compartilhará uma vida junto com você para o resto de sua jornada?

Gente a paixão é sublime e deixa nossa pele radiante, mas saiba que nada disso terá valor caso o “cara selecionado” deixar a desejar em sua paternidade.

Se você se identificou repense se é melhor você se afastar e pular fora o quanto antes e te digo por quê. Nós mulheres, principalmente as que almejam muito serem mães, dão prioridade à prole. Isso é instintivo, visceral, inquestionável e incontrolável e pode acreditar que caso o pai da criança seja indiferente ao filho, insensível ou ausente, o relacionamento irá se esgotar e acabar e isso será somente uma questão de tempo. O amor de mãe é soberano e qualquer atitude que possa ferir os sentimentos dos baixinhos nos afeta em dobro.

O segundo motivo que lhes dou é com relação ao prejuízo na formação emocional e pessoal da criança. Pesquisas recentes apontaram que a figura do pai na infância pode ser mais importante que a da mãe, ou seja, psicologicamente falando as crianças sofrem muito mais quando a rejeição vem do pai e isso interfere negativamente na formação e desenvolvimento da personalidade nas crianças até a fase adulta.

Os estudos feitos nos campos da psicologia e neurociência mostraram que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando a pessoa sente dor é a mesma á quando se sentem rejeitadas, porém o “machucado” é muito mais complexo, pois a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.

A terceira razão é relacionada a divisão de tarefas. Um pai que não compartilha dos mesmos interesses da família resulta em uma sobrecarga na mãe que pode se sentir estressada e infelizmente poderá resultar em um desequilíbrio no lar, como por exemplo, descontar nos filhos, ter alterações de humor, desarmonia na casa e por aí vai.

Portanto não adianta falar que você quer ter um filho com esse cara porque você quer e ponto. Pode ter certeza que o amor sairá pela janela assim que o descaso e falta de entrosamento baterem à porta.

Queira um pai participativo, que divide as tarefas, que tenha interesse no que você e seu filho fizeram durante o dia, alguém que faça questão de ser seu e pai da pessoa mais importante de sua vida. 

Apesar de gostar muito de Zeca Pagodinho quero dizer que o “deixa e vida me levar” não dá para ser aplicado como um mantra, porque muitas vezes (quase sempre) isso não funciona. Se você sabe aonde quer chegar precisa entender que para isso algum tipo de programação deverá ser feito.

Portanto escolha, não empurre com a barriga, não queira segurar uma pessoa tendo um filho com ela porque pode ter certeza que a experiência será desastrosa, frustrante para todos e principalmente prejudicará a fundo a vida do seu filho.