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Apresento o Contra Rótulo

As rolhas contam a história do vinho de dentro da garrafa

Contra Rótulo|Dado LancellottiOpens in new window

Gosto muito de vinho e, depois de a família e vários amigos insistirem, resolvi criar um perfil no Instagram chamado @contra_rotulo, para compartilhar o que tenho bebido, algumas dicas, viagens e boas histórias por trás dos rótulos. O perfil já tem quatro anos, milhares de seguidores e muitas degustações e provas.

Quem quiser conferir, conheça o perfil https://www.instagram.com/contra_rotulo/ e no Threads.

Hoje inicio a coluna Contra Rótulo aqui no Portal R7. Convido vocês a acompanharem comigo. Meu objetivo não é trazer abordagens técnicas, mas curiosidades e simplesmente dividir boas experiências com quem gosta.

Por exemplo, o que você sabe sobre a rolha?


As rolhas contam uma história bem particular... Elas são como as rugas que ganhamos com o tempo e contam a história do vinho de dentro da garrafa.

As rolhas contam a história do vinho de dentro da garrafa @contra_rotulo_Dado Lancellotti

A rolha existe para garantir uma perfeita vedação, e para proteger o vinho das contaminações e oxidações.


A mais tradicional é a de cortiça, mas encontramos atualmente também as sintéticas, as de rosca (“screwcap”) e até as de vidro.

Sabe-se que, antes da sua criação, as ânforas e garrafas eram seladas com tecido ou couro. Mais tarde por argila e cera. O vidro foi usado por volta de 1500, mas era muito caro e difícil de fabricar, porque as garrafas eram sopradas à mão na época e cada rolha de vidro era criada individualmente.


Diz a lenda que a cortiça pode ter sido usada pelos gregos e romanos antes disso, embora não fosse o vedante preferido. Apenas no final dos anos 1600, quando se tornou possível criar garrafas de vidro para o vinho, com formato e design quase uniformes, que as rolhas de cortiça viraram as favoritas.

Curiosidades sobre a rolha de cortiça:

* É produzida a partir da casca do sobreiro, árvore nativa da região do mar Mediterrâneo.

* Portugal é o principal produtor mundial, com 44 milhões de unidades por dia.

* No século 17, um monge beneditino chamado Dom Pérignon escolheu uma rolha de cortiça para selar seu famoso e prestigiado champanhe e por isso muitos atribuem sua criação a ele. Gênio né? Obrigado!

* Garrafas de champanhe de 170 anos, que foram as mais antigas já provadas, foram achadas perfeitamente conservadas no fundo do Mar Báltico. Estavam fechadas com rolha de cortiça.

* A 1ª garrafa da Coca-Cola, entre 1894 e 1899, foi fechada com rolha de cortiça.

* O número de rolhas produzidas anualmente em todo o mundo seria suficiente para completar 15 voltas no globo.

Com o tempo também foi criada aquela cápsula que envolve o gargalo do vinho, para proteger a rolha e a bebida de sujeira, mofo e de deterioração. Elas começaram a ser utilizadas na idade média para controlar vazamentos, evaporação e até combater falsificações. Evoluíram até um padrão próximo de hoje em dia na Hungria, no século 18, e desde então também ganharam uma função estética, que ajuda a identificar a região do vinho e até apoia o marketing de cada produtor.

Eu acho as rolhas lindas, porque mostram que o vinho está vivo. Uma integração perfeita entre história, sabor e vida.

Gostou, acompanhe e siga o Contra Rótulo, compartilhe e divirta-se. Vou trazer muitas histórias para vocês.

Saúde🍷!

Para saber mais acompanhe o perfil @contra_rotulo no Instagram.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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