O dia que fiquei com a boca torta ao conhecer o Silvio Santos
Hoje eu sou a Maria da semana e vou contar a minha história com o Silvio
E aí, Marias!
Hoje, abro o blog para homenagear um grande mestre da TV brasileira, um homem que estava à frente de seu tempo. Carismático, irreverente e sempre sorridente, Silvio Santos será eterno no coração de todos. Silvio Santos não morre, Silvio Santos é lenda.
Tive o privilégio de conhecer o Silvio nos bastidores da TV. Trabalhei no SBT por muitos anos e logo no meu primeiro ano esbarrei no maior comunicador do país. Quase tive um troço.
A partir de agora, me torno a Maria da semana, com a história do dia em que conheci o Silvio.
Venha comigo e acompanhe até o final.
==========
Era uma quarta-feira cinzenta e eu tinha acabado de chegar no trabalho. Fui pra maquiagem, passei na Redação e, depois, peguei aquele corredor enorme repleto de cenários até a praça de alimentação. Lá, comprei um cafezinho e segui de volta.
No meio do corredor fica a sala do Roque. Esse mesmo: “Roqueeeeeee…” E pra quem conhece sabe que o Roque é um homem extremamente gentil. Ele me viu de longe e já me chamou. Claro que, antes, me deu diversos brindes porque ele adora presentear. Aí, ele me perguntou: “Você está com tempo?”. Eu realmente, estava, por muita sorte. Minha pauta tinha caído e estava aguardando por outro assunto para fazer a gravação.
Então, ele me disse: “Vou te levar para conhecer o Silvio Santos”. Eu achei que fosse brincadeira. Dei risada e desacreditei. Pois bem, Marias, Roque saiu da sala dele, atravessou o corredor e entrou em outra sala. Passados três minutos, ele volta e me chama para ir com ele.
Entrei na sala. Era uma antessala, com uma mesa redonda no centro e um sofá. Quando me dei conta, estava no estúdio de gravação do “Programa Silvio Santos”.
Eu olhava para a plateia, cenário e, claro, para o próprio Silvio, e não acreditava que estava ali. Sempre fui fã. Na televisão da minha avó só dava ele: o dono do baú! Cresci rindo das pegadinhas e assistindo aos aviõezinhos voarem para a multidão. Estar ali, muito perto, era um sonho realizado.
Na verdade, quem trabalha no SBT sempre teve essa vontade, no fundo do coração, de topar, meio que sem querer, com o Silvio. Aconteceu por diversas vezes. Uma vez, Silvio foi ao dentista que fica lá dentro do complexo e resolveu dar uma voltinha pela emissora. Foi o maior furdunço. E ele, muito generoso, parou e tirou fotos com todos.
Bem, fiquei ali no cantinho e, entre uma parada e outra, Silvio olhou para mim, abriu um sorrisão e fez sinal com a mão, tipo um “espera só um pouquinho”. Assistir à gravação do programa já estava sendo surreal. Silvio era só espontaneidade, com aquela risada marcante despertava alegria, era só olhar para os olhos das mulheres que estavam lá. Eram muitas Marias realizadas!
Quando o programa acabou, ele veio até mim e eu quase desmaiei…risos. Sim, foi impactante! Ele perguntou meu nome e de onde tinha vindo. Contei um pouquinho e disse que havia chegado há pouco na emissora. Na época, tinha acabado de mudar de programa, estava nas manhãs do SBT, em uma revista eletrônica. Aí, Silvio me disse: “Vou te assistir, faço esteira pela manhã e acompanho.”
Depois dessa fala, estremeci e óbvio que as minhas entradas ao vivo foram com muito mais atenção, afinal ele podia estar assistindo.
Encontrar o Silvio Santos foi uma cena bem surreal, nem parecia verdade. Queria uma foto com ele, mas estava tão nervosa que sai até com a boca torta.
Foi incrível ver o maior comunicador do país de perto, ter podido conversar e ouvir a risada icônica ali, perto.
Silvio Santos é tão vivo que não morre. É imortal porque enquanto alguém se lembrar, ele sempre existirá.
Divirta o céu, Silvio e até um dia.
Um beijo, Maria.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.