Como transformar tarefas do dia a dia em momentos de conexão com as crianças
Trazer a criança para rotina da casa, por exemplo, traz um senso de pertencimento importante

A verdade é que a conexão não nasce de momentos extraordinários, mas de microgestos repetidos todos os dias.
O segredo está em entrar na tarefa com presença, convidar o outro e transformar obrigações em oportunidades.
Trazer a criança para rotina da casa, por exemplo, traz um senso de pertencimento importante, além de reforçar a autonomia e responsabilidade.
Segundo Ana Carolina Dávila Sodré, psicóloga clínica especializada em família, infância, adolescência e trauma, a criança se conecta com o simples.
O diferencial não é inventar atividades novas, é estar inteira no que já existe: arrumar a casa, lavar a louça, organizar a mochila. O que muda é a postura, a disponibilidade para estar junto.
“Mesmo que tudo fique mais lento ou não tão perfeito, quando deixamos a criança participar, ela entende que faz parte de algo maior. É aí que nasce a curiosidade. Na rotina compartilhada, explicamos os “porquês” das coisas e a criança amplia o seu repertório, o seu mundo. Essa conexão surge nos pequenos convites — quando ela pode tomar decisões, experimentar, colaborar", explica Ana Carolina.
Saber as tarefas que combinam com cada idade também é importante - mas isso é assunto para um próximo post.
Agora, deixo sugestões para transformar momentos da rotina em oportunidades de conexão:
Na arrumação da casa
Incluir a criança nas tarefas do dia a dia e transformar “fazer porque precisa” em “fazer porque estamos juntos” pode render bons frutos. Esse estilo de conexão gera cooperação, senso de responsabilidade e parceria.
Como fazer:
- Estilo missão: “Vamos ver quem encontra mais brinquedos azuis!”
- Trabalhar em dupla: um guarda, o outro fecha as gavetas.
- Playlist da arrumação: criar uma playlist da família e deixar alguém escolher a música do dia.
- Reconhecimento: “Amei como você foi rápido ou como foi cuidadoso, me ajudou muito!”
Na hora das refeições
Transformar o corre-corre da comida em conversas gostosas, escuta ativa, troca emocional e sentimento de pertencimento. (Celular de lado!)
Como fazer:
- Mini tarefas: criança mexe a salada, lava tomate, separa talheres.
- Ritual do “melhor e pior do dia”: na hora de comer falar sobre os acontecimentos.
- Perguntas que abrem conversa: “O que te surpreendeu hoje?” ou “Se você fosse dar uma nota pro dia, qual seria?”
No trajeto (carro, caminhada, escola)
Esse é um momento que eu pessoalmente amo. Nós ficamos muito no trânsito na volta da escola e é sempre uma oportunidade de falar sobre o nosso dia ou ligar para as avós.
Como fazer:
- Criar uma playlist do trajeto: coloque suas músicas favoritas, e acrescentem outras ao longo do tempo.
- Marcos no caminho: ache pontos pelo trajeto para que vocês reconheçam o entorno, como se fosse um caça ao tesouro até chegar em casa.
Na hora do banho
A ideia aqui é reduzir a pressa e aumentar a interação. Segurança emocional e acolhimento. Mostrando cuidado com corpo e com a saúde.
Como fazer:
- Escolha com autonomia: “Hoje você quer espuma ou brinquedo X?”
- Histórias: inventar aventuras na água.
- Ritual do vestir: passar creme, massagem rápida, pentear o cabelo, escolher o perfume.
Antes de dormir
Transformar o fim do dia em aconchego é aposta certa. Encerrar o dia com conversa ajuda na regulação emocional, previsibilidade e vínculo.
Como fazer:
- Ritual previsível: uma história, uma conversa e um beijo especial.
- Caderno de gratidão da criança: desenhar ou falar algo legal do dia e registrar com um pequeno desenho
- Respiração juntos: três respirações profundas “pra guardar o dia” e um abraço.
É importante lembrar que conexão é sobre qualidade da presença, não sobre quantidade de tempo. Aproveite os momentos do cotidiano para exercer essa presença.
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