Governo concede crédito extra para volta da emissão de passaportes
Portaria publicada na quinta-feira (24) garante R$ 37,3 milhões para retomada do serviço, suspenso por falta de verbas
Viagens|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
A emissão de passaportes pela Polícia Federal será retomada após crédito suplementar de R$ 37.365.321 para a continuidade da impressão. O serviço está suspenso desde o último sábado (19) por falta de recursos. O R7 perguntou à corporação quando a emissão voltará a ser feita e aguarda retorno.
A volta do serviço foi garantida por uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira (24). O texto é da Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento, vinculada ao Ministério da Economia, e abre crédito suplementar de R$ 58.765.321 para os ministérios da Justiça e Segurança Pública e do Desenvolvimento Regional.
A parte destinada à pasta da Justiça mira a Polícia Federal, mais especificamente o programa de segurança pública, combate à corrupção, ao crime organizado e ao crime violento. A atividade descrita é a manutenção do sistema de emissão de passaporte, controle do tráfego internacional e de registros de estrangeiros.
Do valor total, R$ 21,4 milhões são voltados à administração direta do Ministério de Desenvolvimento Regional, para ações de proteção e defesa civil, dentro do programa de gestão de riscos e desastres.
Para bancar os recursos, o governo federal anulou repasses ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Na pasta, a quantia fazia parte de programa para desenvolvimento de tecnologias aplicadas, inovação e desenvolvimento sustentável em operações especiais e projetos de desenvolvimento tecnológico.
Questionado, o Ministério da Economia ainda não informou se os investimentos retirados serão retomados, não detalhou os motivos que levaram ao corte na área nem explicou quais ações integravam as operações suspensas.
Na quarta-feira (23), o governo de transição do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), havia afirmado que o valor previsto no Orçamento de 2023 para a Polícia Federal era insuficiente. Na ocasião, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), integrante do grupo, declarou que a falta de verba poderia interromper atividades essenciais da corporação.