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Após 104 quilos e depressão, Rebeca Gusmão deu a volta por cima: "Pensei até pular do prédio"

"Me acho linda", disse a nadadora durante um tour pelos estúdios da Record

Famosos e TV|Do R7

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Depois de passar por duas depressões profundas e chegar aos 104 quilos, Rebeca Gusmão compara seu atual momento à lenda da Fênix, que após a morte ressurge das cinzas.    — Eu me vejo como uma fênix. Eu estou ressurgindo das cinzas e me vejo como uma mulher pronta para qualquer batalha, para qualquer guerra e para enfrentar qualquer desafio sem medo.   Reportagem: Rodrigo Teixeira, do R7
Rebeca Gusmão negou as acusações e afirma que nunca sacou dinheiro da conta de Vaz. Segundo a ex-nadadora, ela era procuradora do médico para ajudá-lo a administrar questões que ele mesmo pediu
Afastada das piscinas em 2007 após o Pan do Rio, foi acusada de doping por supostamente ter utilizado o hormônio masculino testosterona para competir.   — Fui acusada de ingerir testosterona, acusada de ingerir um anabolizante que é o hormônio masculino. Sendo que eu tinha a síndrome do ovário policístico e eu produzia muito testosterona. Tanto que os meus exames acusavam o alto índice e falavam que tinha que ser feito um estudo em mim para prevenir qualquer tumor ou outro problema de saúde
Rebeca faz questão de deixar bem claro que a condenação que a baniu da natação foi tomada em nível internacional. Aqui no Brasil, ela foi declarada inocente pela Justiça.    — Muitas pessoas pensam que a culpa é do atleta e na maioria da vezes não é. Não que o atleta seja 100 % inocente, mas o sistema tem a sua falha também. Foi declarado no meu processo que a acusação estava faltando com a verdade. Eu dou resultado desde os meus 12 anos. Eu com três meses na natação profissional fui campeã brasileira e com 14 anos eu era medalhista panamericana
Fora das piscinas, Rebeca sofreu, pensou em se matar. Mas hoje tem cabeça para analisar com frieza o que aconteceu.  — As pessoas sabem o meu nome, mas não conhecem a minha história. Eu tenho uma história, eu não tenho um capítulo. Minha vida sempre foi de batalha, uma luta e o único título que me faltou foi de campeã olímpica
Ela nega que tenha ingerido substâncias ilícitas, disse que sempre se pautou pelo bem-estar e com muito trabalho, dedicação e musculação chegou a forma física que apresentou no Pan de 2007. A atleta disse ainda que não procedem as acusações que fizeram sobre ter ganhado peso e forma física sem fazer esforço.      — Aconteceram naturalmente as coisas na minha vida. Muita gente diz que eu era magra e apareci forte. Mas não foi nada disso. O que aconteceu foi que eu vim em um crescente e a gente teve uma competição de grande visibilidade que foi o Pan do Rio. Muita gente não me conhecia e foi pesquisar. Viam uma foto minha mais nova e queriam saber como eu tinha mudado de corpo
Uma das perguntas que Rebeca adora responder é sobre a fase da vida que passa atualmente. Quando perguntam o que ela faz, a loira se diverte e responde.    — Sucesso! Hoje eu tenho até um bordão, aceita que dói menos [risos]
Mas antes dessa fase boa, Rebeca teve que enfrentar um período de depressão que a deixou muito gorda.    — Na verdade, a minha primeira depressão veio quando eu saí da natação, eu cheguei a pesar 104 kg. Eu descarreguei toda minha tristeza na comida
Em sua última fase depressiva, aconteceu o contrário, Rebeca perdeu peso.    — Ano passado, com o divórcio do meu marido Gutenberg, com quem eu estava há seis anos, aconteceu o contrário, eu emagreci, cheguei a pesar 64 kg. Ele era cantor lírico e quando eu saí da natação, transferi todo o meu amor pelo esporte para o meu casamento
O que ajudou Rebeca a dar a volta por cima foi muita terapia com psicólogos e apoio de psiquiatras.    — Hoje eu peso 70 kg. Depois de muita terapia e acompanhamento com psiquiatra, eu olho para mim. Tem gente que tem preconceito. Mas a terapia me ajuda e me ajudou muito.  Eu não quero mudar a cabeça de ninguém, mas hoje eu consigo olhar com maturidade tudo que aconteceu comigo
Dona de si e praticando esporte, Rebeca consegue se olhar no espelho e ver outra mulher.     — Hoje eu vivo um período meu, de amor próprio. Hoje eu consigo me olhar e me amar, faço as coisas por mim e não por ninguém. Me olho no espelho e me acho linda, mas não me acho melhor do que ninguém
Rebeca começou a nadar aos três anos, por influência do pai Ajalmar Gusmão, também nadador.    — O meu pai, Ajalmar Gusmão, foi nadador. Eu admirava ver o meu pai nadar. Uma coisa que mexeu comigo foi ver meu pai durante um treino dar uma virada olímpica, que é aquela virada que o atleta dá, sem parar de nadar, e vai de uma extremidade a outra da piscina. Eu achava aquilo muito bonito
Rebeca optou por se tornar profissional quando viu Fernando Scherer (o Xuxa) ganhar sua medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.    — Eu acredito que o amor e o ódio são próximos porque eu odiava nadar e isso eu tinha uns seis anos, mas a paixão pela natação só veio aos 12. Eu vi o Xuxa ganhar uma medalha na Olimpíada de 1996 e aquilo tocou a minha alma. Quando eu vi aquilo, coloquei na minha cabeça que eu iria para uma Olimpíada
Quando resolveu ser atleta, Rebeca afirmou que tal decisão foi muito difícil devido às dificuldades que teria que enfrentar. A atleta costuma dizer que os esportistas brasileiros são verdadeiros heróis.                   — Ser atleta no Brasil é ser um herói porque é uma guerra que a gente enfrenta todo dia. Quando se fala de natação no Brasil, eu posso afirmar que faltam muitas piscinas, estrutura e ídolos. Nosso país é muito carente nessa parte. Temos nadadores maravilhosos e não vou dizer que não são ídolos porque eu falo que no Brasil a gente não tem ídolo, a gente tem herói.  
Rebeca nunca deixou o esporte e passou a se dedicar a outras atividades como o futebol e a musculação. Rebeca conseguiu destaque e disputou campeonatos nacionais na modalidade.    — Após meu banimento da natação, eu não deixei o esporte. No futebol, fui campeã estadual, e depois fomos para a Copa do Brasil. No levantamento de peso fui campeã brasileira de supino. Eu nunca fique longe do esporte está no meu sangue
Rebeca disse que uma nova vida está começando.                               — Por tudo o que eu passei com pouca idade quando perdi minha carreira e meu casamento, hoje posso dizer que estou viva e melhor do que eu era. Muita gente fala que a juventude é a melhor época, mas para mim a minha vida está começando agora. De repente 30! [Risos]      

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Depois de passar por duas depressões profundas e chegar aos 104 quilos, Rebeca Gusmão compara seu atual momento à lenda da Fênix, que após a morte ressurge das cinzas.    — Eu me vejo como uma fênix. Eu estou ressurgindo das cinzas e me vejo como uma mulher pronta para qualquer batalha, para qualquer guerra e para enfrentar qualquer desafio sem medo.   Reportagem: Rodrigo Teixeira, do R7
Rebeca Gusmão negou as acusações e afirma que nunca sacou dinheiro da conta de Vaz. Segundo a ex-nadadora, ela era procuradora do médico para ajudá-lo a administrar questões que ele mesmo pediu
Afastada das piscinas em 2007 após o Pan do Rio, foi acusada de doping por supostamente ter utilizado o hormônio masculino testosterona para competir.   — Fui acusada de ingerir testosterona, acusada de ingerir um anabolizante que é o hormônio masculino. Sendo que eu tinha a síndrome do ovário policístico e eu produzia muito testosterona. Tanto que os meus exames acusavam o alto índice e falavam que tinha que ser feito um estudo em mim para prevenir qualquer tumor ou outro problema de saúde
Rebeca faz questão de deixar bem claro que a condenação que a baniu da natação foi tomada em nível internacional. Aqui no Brasil, ela foi declarada inocente pela Justiça.    — Muitas pessoas pensam que a culpa é do atleta e na maioria da vezes não é. Não que o atleta seja 100 % inocente, mas o sistema tem a sua falha também. Foi declarado no meu processo que a acusação estava faltando com a verdade. Eu dou resultado desde os meus 12 anos. Eu com três meses na natação profissional fui campeã brasileira e com 14 anos eu era medalhista panamericana
Fora das piscinas, Rebeca sofreu, pensou em se matar. Mas hoje tem cabeça para analisar com frieza o que aconteceu.  — As pessoas sabem o meu nome, mas não conhecem a minha história. Eu tenho uma história, eu não tenho um capítulo. Minha vida sempre foi de batalha, uma luta e o único título que me faltou foi de campeã olímpica
Ela nega que tenha ingerido substâncias ilícitas, disse que sempre se pautou pelo bem-estar e com muito trabalho, dedicação e musculação chegou a forma física que apresentou no Pan de 2007. A atleta disse ainda que não procedem as acusações que fizeram sobre ter ganhado peso e forma física sem fazer esforço.      — Aconteceram naturalmente as coisas na minha vida. Muita gente diz que eu era magra e apareci forte. Mas não foi nada disso. O que aconteceu foi que eu vim em um crescente e a gente teve uma competição de grande visibilidade que foi o Pan do Rio. Muita gente não me conhecia e foi pesquisar. Viam uma foto minha mais nova e queriam saber como eu tinha mudado de corpo
Uma das perguntas que Rebeca adora responder é sobre a fase da vida que passa atualmente. Quando perguntam o que ela faz, a loira se diverte e responde.    — Sucesso! Hoje eu tenho até um bordão, aceita que dói menos [risos]
Mas antes dessa fase boa, Rebeca teve que enfrentar um período de depressão que a deixou muito gorda.    — Na verdade, a minha primeira depressão veio quando eu saí da natação, eu cheguei a pesar 104 kg. Eu descarreguei toda minha tristeza na comida
Em sua última fase depressiva, aconteceu o contrário, Rebeca perdeu peso.    — Ano passado, com o divórcio do meu marido Gutenberg, com quem eu estava há seis anos, aconteceu o contrário, eu emagreci, cheguei a pesar 64 kg. Ele era cantor lírico e quando eu saí da natação, transferi todo o meu amor pelo esporte para o meu casamento
O que ajudou Rebeca a dar a volta por cima foi muita terapia com psicólogos e apoio de psiquiatras.    — Hoje eu peso 70 kg. Depois de muita terapia e acompanhamento com psiquiatra, eu olho para mim. Tem gente que tem preconceito. Mas a terapia me ajuda e me ajudou muito.  Eu não quero mudar a cabeça de ninguém, mas hoje eu consigo olhar com maturidade tudo que aconteceu comigo
Dona de si e praticando esporte, Rebeca consegue se olhar no espelho e ver outra mulher.     — Hoje eu vivo um período meu, de amor próprio. Hoje eu consigo me olhar e me amar, faço as coisas por mim e não por ninguém. Me olho no espelho e me acho linda, mas não me acho melhor do que ninguém
Rebeca começou a nadar aos três anos, por influência do pai Ajalmar Gusmão, também nadador.    — O meu pai, Ajalmar Gusmão, foi nadador. Eu admirava ver o meu pai nadar. Uma coisa que mexeu comigo foi ver meu pai durante um treino dar uma virada olímpica, que é aquela virada que o atleta dá, sem parar de nadar, e vai de uma extremidade a outra da piscina. Eu achava aquilo muito bonito
Rebeca optou por se tornar profissional quando viu Fernando Scherer (o Xuxa) ganhar sua medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.    — Eu acredito que o amor e o ódio são próximos porque eu odiava nadar e isso eu tinha uns seis anos, mas a paixão pela natação só veio aos 12. Eu vi o Xuxa ganhar uma medalha na Olimpíada de 1996 e aquilo tocou a minha alma. Quando eu vi aquilo, coloquei na minha cabeça que eu iria para uma Olimpíada
Quando resolveu ser atleta, Rebeca afirmou que tal decisão foi muito difícil devido às dificuldades que teria que enfrentar. A atleta costuma dizer que os esportistas brasileiros são verdadeiros heróis.                   — Ser atleta no Brasil é ser um herói porque é uma guerra que a gente enfrenta todo dia. Quando se fala de natação no Brasil, eu posso afirmar que faltam muitas piscinas, estrutura e ídolos. Nosso país é muito carente nessa parte. Temos nadadores maravilhosos e não vou dizer que não são ídolos porque eu falo que no Brasil a gente não tem ídolo, a gente tem herói.  
Rebeca nunca deixou o esporte e passou a se dedicar a outras atividades como o futebol e a musculação. Rebeca conseguiu destaque e disputou campeonatos nacionais na modalidade.    — Após meu banimento da natação, eu não deixei o esporte. No futebol, fui campeã estadual, e depois fomos para a Copa do Brasil. No levantamento de peso fui campeã brasileira de supino. Eu nunca fique longe do esporte está no meu sangue
Rebeca disse que uma nova vida está começando.                               — Por tudo o que eu passei com pouca idade quando perdi minha carreira e meu casamento, hoje posso dizer que estou viva e melhor do que eu era. Muita gente fala que a juventude é a melhor época, mas para mim a minha vida está começando agora. De repente 30! [Risos]      

Depois de passar por duas depressões profundas e chegar aos 104 quilos, Rebeca Gusmão compara seu atual momento à lenda da Fênix, que após a morte ressurge das cinzas.    — Eu me vejo como uma fênix. Eu estou ressurgindo das cinzas e me vejo como uma mulher pronta para qualquer batalha, para qualquer guerra e para enfrentar qualquer desafio sem medo.   Reportagem: Rodrigo Teixeira, do R7

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