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Maitê Proença relembra da mãe assassinada com 16 facadas

Atriz concedeu depoimento na Semana da Justiça pela Paz em Casa

Famosos e TV|Do R7

Maitê Proença relembrou tragédia familiar em evento
Maitê Proença relembrou tragédia familiar em evento

Ao participar da 8ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, na última segunda-feira, no Rio de Janeiro, Maitê Proença relembrou da mãe assassinada com 16 facadas pelo próprio marido.

Segundo o jornal O São Gonçalo, que circula na Baixada Fluminense, ao contar sobre a tragédia familiar vivenciada na adolescência, ela lembrou que a rotina deles não demonstrava que algo tão violento fosse ocorrer dentro de casa.

"Não gosto de falar muito sobre isso. Tínhamos uma família perfeita, eu tocava vários instrumentos, praticava esportes e falava idiomas. Minha mãe tocava piano de cauda e meu pai, quando chegava em casa à noite, contava histórias e fábulas da mitologia, havia mágica. Depois da morte da minha mãe, ele foi morar em uma chácara e, mais tarde, morou em um manicômio. Eu perguntei a ele porque não atirou em minha mãe e ele disse que a faca era uma extensão do corpo dele", disse a atriz.

Apesar do crime ocorrido em 1970, ela disse que o pai foi julgado duas vezes e absolvido com ajuda de depoimento dela. A atriz explicou que teve receio de também ser morta pelo pai, por isso teria agido dessa maneira.


"Eu acho que aquele homem não era um assassino. Ele tinha cometido aquele gesto de loucura que tinha destruído a nossa casa, mas não continuaria naquela prática. Essa grande violência acontece em uma escala, não acontece num rompante. A situação neurótica é que leva a isso. Acho que minha mãe não foi cautelosa, porque ela conhecia a pessoa rígida que era o meu pai. Faltou alguma coisa na forma de agir daquela família", concluiu.

Maitê finalizou a participação no evento dizendo que as vítimas precisam procurar por ajuda.

"Quando acontece uma coisa, não é só a mãe que sofre, as outras vítimas também sofrem. A violência atinge a todos. Eu tinha dois irmãos, um se matou de tanto beber e o outro entrou para as drogas pesadas. Meu pai acabou se matando também. Então, quem sobrevive a isso, como no meu caso, passa a vida perguntando se tem valor. Por que eu não consegui impedir? Ninguém pensou na gente, naquela estrutura alegre, nada daquilo foi levado em conta", revelou.

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