João Gomes confirma segunda parte de ‘Dominguinho’ após sucesso: ‘É só o começo’
Turnê do primeiro álbum colaborativo do cantor com Jota.pê e Mestrinho estreou em SP na segunda (26); leia entrevista com o trio
Música|Vicente Andrade*

A turnê Dominguinho, que celebra o primeiro álbum colaborativo de João Gomes, Jota.pê e Mestrinho, estreou em São Paulo na segunda-feira (26). A antecipação para o show do trio era tanta que os ingressos se esgotaram em menos de 15 minutos.
Durante a apresentação, João Gomes confirmou que haverá uma segunda parte do projeto, prevista para o próximo semestre, com faixas inéditas. Uma delas contará com a participação de Edson Gomes — artista considerado um dos maiores intérpretes de reggae do Brasil.
“É muito motivo para agradecer, porque sabemos que fazemos boas músicas, mas não imaginamos onde elas podem chegar”, afirma o cantor pernambucano em entrevista ao R7.
O disco traz homenagens a artistas como Charlie Brown Jr., com uma releitura de Pontes Indestrutíveis, e para o cantor Dominguinhos (1941-2013). “Esse trabalho está sendo tão gigante para nós quanto o Dominguinhos é para a música. Pelas histórias que sabemos, ele foi uma calmaria, igual a este álbum”, diz Gomes.
A série de espetáculos passará por diversas cidades brasileiras, levando aos palcos a mescla de ritmos e a atmosfera leve que compõem o setlist. A cenografia da turnê traz elementos inspirados no centro histórico de Olinda. Um dos grandes objetivos do projeto é transportar o espectador para uma tarde calma e ensolarada de domingo.
‘Fazer o que o ‘forrozeiro raiz’ gosta’
O cantor Jota.pê, um dos pilares do projeto, embora nascido em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, reconhece a influência da música nordestina em sua trajetória. “As minhas maiores referências musicais são todas nordestinas — Gilberto Gil, Djavan, Lenine, Gonzaga. Então, é muito bonito poder fazer parte de um projeto que reverencia essa música”, afirma.
Outro ponto destacado pelo trio é a importância de traduzir na obra o desejo do público que consome o forró. “Temos que fazer o que o ‘forrozeiro raiz’ gosta, que é música com letra, com homenagem. Acho que ainda temos muito a fazer. É só o começo da nossa jornada”, conclui João Gomes.
*Sob supervisão por Thaís Sant’Anna