Venda de ingressos para show de Taylor Swift ocorre com operação contra cambistas
Ao contrário dos outros dias de comercialização, a fila estava organizada e com a presença da Polícia Civil e do Procom
Música|Pedro Garcia, do R7
Na manhã desta quinta-feira (22), acontece a venda de ingressos para o público geral para a data extra do show de Taylor Swift, em 24 de novembro. Ao contrário dos outros dias de comercialização, fãs relatam uma fila organizada e sem confusões. A Polícia Civil e o Procon estão presentes na bilheteria oficial em São Paulo, na zona oeste da capital paulista, e realizam uma operação contra a ação de cambistas.
Assim como nesta manhã, o R7 estava presenta na venda de ingressos para o público geral no dia 12 de junho. A reportagem presenciou a ação de cambistas no local e ouviu relato de diversos fãs que entraram em brigas e se sentiram ameaçados pelos cambistas. Na última semana, apenas uma van da Polícia Militar estava no local e não foi visto nenhum representante do Procon.
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Na última segunda-feira (19), ocorreu uma operação policial no local. A Polícia Civil e equipes da DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) prenderam cerca de 40 cambistas que agiam nas filas de vendas de ingressos. Nesta quinta, uma fila de viaturas estava parada em frente a bilheteria. Policiais e funcionários do Procon realizaram entrevistas e chegaram os documentos e cartões de quem estava na fila em busca de irregularidades. Caso houvesse suspeita de que alguém fosse cambista, policiais realizaram uma entrevista com a pessoa e ela era encaminhada a delegacia se precisasse prestar mais esclarecimentos ou não conseguisse justificar a razão de estar na fila.
"Essas pessoas não conseguiam explicar quem era o titular daquele cartão que elas portavam. Elas também tinham dificuldade de explicar quem era o destinatário final daquele ingresso que pretendia comprar. Em razão disso, a pessoa com um cartão bancário em nome de terceiro, a senha anotada em um papel e não sabe justificar quem é o terceiro, é uma conduta suspeita. Nós conduzimos à delegacia, elas prestaram depoimento dentro desse inquérito policial e esses cartões foram aprendidos para solicitarmos quebra de sigilo bancário e individualizarmos quem são esses destinatários dos convites", explica em entrevista ao R7 o delegado Paulo Pereira, titular da 1ª Delegacia do Consumidor, da Polícia Civil.
Questionado do porquê da fiscalização contra cambistas apenas a confusão nas últimas vendas, sendo que situações parecidas já ocorreram na fila para comprar ingressos de outros artistas internacionais, o delegado responde que "a Polícia tem instaurado vários inquéritos a respeito da prática de cambismo toda vez que recebe informações". "A semana passada nós passamos a receber a informação da prática de cambismo. Imediatamente já instauramos o inquérito policial e, junto do Procon, nós movemos essa ação. A gente tomando conhecimento, a gente age", completa.
O resultado da ação contra cambistas foi notado pelos fãs de Taylor Swift na fila. Richard Sanches, de 24 anos, já havia tentado comprar o ingresso em outro dia, mas não conseguiu, e estava acampado na bilheteria desde o último domingo (18). O admirador da cantora diz que teve uma experiência mais tranquila desta vez. "Eles estão realmente buscando a dedo quem é cambista, tirando da fila. Durante o tempo que a gente ficou acampado, tiraram uns cinco da fila, desmontaram barraca e chegaram a rasgar barraca para eles saírem da fila e darem lugar aos fãs", relata.
Nicolas Fernandes, de 24 anos, foi em todos os dias de venda e já conseguiu comprar o ingresso para si mesmo, mas voltou à bilheteria para garantir a entrada de um amigo. "Está mais organizado, antes não tinha polícia. Era muita confusão, briga, eles pegavam a senha da nossa mão, depois vinham organizando e davam de novo a senha. De madrugada agora apareceram alguns cambistas, mas o pessoal da organização foi mais firme com eles e eles foram embora", conta.
Charles Felipe, de 29 anos, é fã de Taylor Swift e chegou a ser interrogado. Ao conversar com as pessoas na fila, policiais viram que um menino estava com o cartão e o documento dele. "A gente fica com medo de ficar sem ingresso. Meu amigo chegou mais cedo e está bem lá na frente, como ele só ia comprar dois, pedi para ele comprar o meu. Falaram que não pode, então vou esperar a minha vez, espero que tenha ingresso ainda", explica Charles, que voltou ao lugar dele na fila para comprar o ingresso.
Diferente dos fãs, algumas pessoas chegaram a ser detidas nesta manhã. O delegado Paulo Pereira explica que elas foram encaminhadas à delegacia para maiores esclarecimentos e tiveram os cartões aprendidos. Ele também explica que há uma investigação contra os cambistas que agiram nos outros dias de venda e tentam comercializar os ingressos para o show pela internet.
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