Não foram necessárias mais que duas músicas para que o ex-guitarrista do Bon Jovi, Richie Sambora, mostrasse que muito da alma da sua ex-banda tinha ele como ponto fundamental.
No show que mostrou junto com a namorada e guitarrista Orianthi, no Tom Brasil, zona sul de São Paulo, na sexta-feira, o músico lembrou durante as duas horas de apresentação de sucessos como Lay Your Hands On Me, Livin' On a Prayer, I' ll Be There for You, Wanted Dead or Alive e These Days.
Ainda presentou os fãs que lotaram boa parte da casa com Voodoo Child, de Jimi Hendrix — com vocal adolescente de Orianthi —, e Higher Ground, música de Stevie Wonder que ganhou uma versão turbinada nos anos 1980 com o Red Hot Chili Peppers.
Orianthi, que ensaiou para a turnê final de Michael Jackson — não concretizada pela morte do cantor em 2009 — fazia seu papel de coadjuvante, arriscando alguns solos, backing vocals e cantando canções exporádicas entre sucessos da carreira solo de Richie como Every Road Leads Home To You e Stranger in This Town.
Antes do concerto, a dupla recebeu os jornalistas para falar sobre a nova turnê e um pouco da vida do casal entre shows e viagens. Orianthi passou mal durante a semana e o voo para São Paulo teve de ser adiado. Os dois tinham acabado de desembarcar em São Paulo e correram para o local do concerto. Richie brincou sobre ter a loira australiana de 31 anos ao lado.
— Às vezes estes shows problemáticos são os melhores. É a primeira vez dela no Brasil, mas eu perdi as contas quantas vezes vim pra cá. Talvez até antes de ela nascer.
Os dois se conheceram num show beneficente no Havaí, quando tocavam com músicos como Alice Cooper.
— Michael jackson quis ela, Alice Cooper também! Mas quem está com Orianthi agora? Eu! Ela é muito mais bonita do que eu. É um desafio. Mas olha, o importante é sempre você mentir a idade. Eu tenho 77 anos e estou bem certo?
Na realidade, o guitarrista vai fazer 57 anos na segunda-feira (11). Sobre o fim do casamento com Jon Bon Jovi, Richie não fugiu da pergunta. O guitarrista teve problemas com drogas e álcool durante os mais de 30 anos de carreira da banda.
— Erramos porque nunca paramos por um, dois anos. Os Rolling Stones sempre fizeram isso. O U2 também. Nós não. Sempre continuámos a gravar, a sair em turnê. Além de tudo, quando parávamos por um pequeno período gravei meus álbuns solos. Eu nunca digo nunca. Jon está fazendo suas coisas e eu as minhas. Mas quem sabe o que será no futuro? Não é uma sentença de morte. Vamos dar um tempo um para o outro. Nós continuámos conversando. Trocamos mensagens.
Em cima do palco, o guitarrista mostrou carisma, suas caras e bocas características e um upgrade na maneira de tocar. Seus solos saiam mais fluídos, a voz forte e afinada. Richie conversava com a plateia, pedia apoio do público para a namorada e abusava nos solos blues.
A comparação com o show que Jon Bon Jovi fez com sua banda no Rock in Rio de 2013, já sem Richie Sambora, foi inevitável. Quando no show do Bon Jovi via-se algo robotizado e sem alma, o show de Richie contou uma hitória completamente diferente. Bon Jovi sem Sambora é como Rolling Stones sem Keith Richards ou Guns N' Roses sem Slash.
Para quem perdeu o show desta sexta-feira (8), Richie Sambora e Orianthi tocam de graça no Parque Ibirapuera no domingo (10). Os shows fazem parte do festival Samsung Blues Festival. A dupla ainda lançara um disco este ano, com produção de Bob Rock (Metallica, Bon Jovi) em duas canções.
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Assista Richie Sambora cantando I'll be There for You:
Não foram necessárias mais que duas músicas para que o ex-guitarrista do Bon Jovi, Richie Sambora, mostrasse que muito da alma da sua ex-banda tinha ele como ponto fundamental. No show que mostrou junto com a namorada e guitarrista Orianthi, no Tom Brasil, zona sul de São Paulo, na sexta-feira, o músico lembrou durante as duas horas de apresentação de sucessos como Lay Your Hands On Me, Livin' On a Prayer, I' ll Be There for You, Wanted Dead or Alive e These Days