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‘Os Estranhos: Capítulo 1′ demonstra desgaste da franquia de terror, mas ainda diverte

Novo filme é o primeiro da trilogia protagonizada por Madelaine Petsch

Cine R7|Giovane Felix

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Um casal de férias, uma casa isolada na floresta e três assassinos mascarados. A premissa de Os Estranhos: Capítulo 1, que estreia nesta quinta-feira (30) nos cinemas, é simples e já conhecida pelos fãs de terror. Por se tratar de um reboot, ela se assemelha bastante com o enredo do primeiro filme da franquia, de 2008. Aqui, no entanto, o ineditismo do longa original já não se faz mais presente, o que somado à trama previsível e tediosa o torna só mais um filme de invasão domiciliar.

Na história, acompanhamos a jovem Maya (Madelaine Petsch) e o namorado Ryan (Froylán Gutierrez) durante uma viagem pelo interior do estado do Oregon. Quando o carro quebra, o casal é forçado a passar a noite em uma residência afastada da cidade, mas acaba sendo aterrorizado por três estranhos mascarados.

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Além da trama batida, o filme, que se estabelece como a primeira parte de uma trilogia, não vai muito longe. Diferente das duas primeiras produções lançadas, o novo longa se propõe a contextualizar a narrativa antes de partir para o terror.

O primeiro ato é totalmente dedicado a introduzir o ambiente onde os protagonistas estão inseridos, apresentando os habitantes da cidadezinha pacata e o clima inóspito do lugar. Personagens esses que agregam pouco e acabam sendo descartados ao longo da história.


Também existe uma tentativa de apresentar um elenco mais jovem, com nomes conhecidos pelas novas gerações. A adaptação de elementos do longa para os tempos atuais se faz com o mesmo intuito de cativar esse público. No fim, tais mudanças não fazem muita diferença no produto final.

Para que os filmes de terror aconteçam, é indispensável uma certa suspensão de descrença por parte do espectador. Entretanto, o que acontece em Os Estranhos: Capítulo 1 é um escape completo do senso de real. As ações dos personagens fogem da verossimilhança e da plausibilidade, alcançando a estupidez. Mesmo com todos os indícios de perigo, o roteiro tenta encaixar artifícios fracos para tentar justificar a permanência dos personagens naquele cenário, duvidando da lucidez do público.


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Apesar disso, o clima de suspense funciona, sendo um dos poucos acertos da obra. A presença dos assassinos na residência é exibida aos poucos, sem ultrapassar o ritmo da narrativa. O visual marcante das máscaras também continua efetivo, potencializando os jump scares, que embora clichês, ainda divertem e aumentam a tensão em cena.

Para se inocentar dos vários aspectos mal trabalhados na narrativa, o filme apela para o fato de se tratar da primeira parte da história, indicando que os próximos capítulos devem abarcar as pontas soltas, mas que, infelizmente, não são suficientemente interessantes para criar um desejo imediato pela continuação.

Por fim, Os Estranhos: Capítulo 1 pode ser uma boa pedida para quem é fã do gênero ou deseja se entreter com alguns sustos. Sem expectativas ou compromissos, o longa entrega um enredo divertido, com poucas surpresas e um grande déjà-vu da obra original.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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