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Cinema de Segunda

‘Branca de Neve’ mostra que algumas histórias devem mesmo ficar só no passado 👸🏻🍎

Filme chegou aos cinemas na última quinta-feira (20)

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window

Branca de Neve e as sete criaturas mágicas no remake do clássico da animação Divulgação

Branca de Neve e os Sete Anões, lançado em 1937, foi o filme que mudou a história da Disney. Um dos primeiros longa-metragens de animação do cinema, baseado em um conto dos irmãos Grimm, deu vida ao universo das princesas 👸🏻. Já o Branca de Neve (sem os anões no título), que estreou nas telonas na última quinta-feira, é uma mostra que algumas histórias merecem mesmo ficar só no passado.

Transformar o seu filme mais icônico em live-action era um desafio enorme para a Disney. Afinal, o mundo mudou muito nesses quase 90 anos, e o desenho original tem mesmo muitos problemas aos olhos de hoje.

Mas o sucesso de outras empreitadas, como Alice no País das Maravilhas, A Bela e a Fera e Aladdin, fizeram valer correr o risco.

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Princesa modernizada

Branca de Neve consegue resolver bem algumas questões, como a nova justificativa para o nome da personagem e o relacionamento dela com o “príncipe”. 🤴🏻


Já outras situações ficam um pouco esquisitas. Os sete anões viraram seres mágicos, mas a magia não aparece em tela. E a motivação da Rainha Má, de perseguir a Branca de Neve porque perdeu o posto de mais bela do reino, soa hoje extremamente boboca.

Falta cantar bem, falta carisma

E aí está um dos grandes problemas do filme. Ele é construído em cima de uma ideia que definitivamente não funciona mais. A roteirista Erin Cressida Wilson não consegue dar estofo para nenhum personagem. Tudo parece anacrônico e muito ingênuo, sensação que só piora com a pressa que a história é contada.


Para piorar, a dupla de atrizes escolhidas para carregar o filme não funciona. Gal Gadot está muito canastrona como a Rainha Má, e sua entrega nos números musicais é, com muito boa vontade, apenas esforçada.

Já Rachel Zegler, sem surpresa, segura bem a parte musical do longa. O problema é que sua Branca de Neve tem o carisma de uma maça envenenada 🍎☠️. A direção extremamente burocrática de Marc Webb (dois filmes do Homem-Aranha com Andrew Garfield) só deixa as coisas mais enfadonhas.


Se não bastasse tudo isso, o filme ainda precisa enfrentar os haters. Nerdolas e preconceituosos de uma maneira geral torceram o nariz para a escolha de Zegler, com ascendência colombiana, para o papel de Branca de Neve.

A atriz também não se ajudou. No período de divulgação do filme, ela criticou os eleitores do presidente Donald Trump, falou mal da animação de 1937 e ainda, supostamente, bateu de frente com Gal Gadot por causa do conflito entre Israel e Palestina.

E o público, aparentemente, não comprou a ideia do remake em live-action. No final de semana de estreia, o filme arrecadou US$ 43 milhões nos EUA e Canadá (e outros US$ 44 milhões ao redor do mundo). É pouco para um projeto estimado em US$ 270 milhões.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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