Sem vigor, ‘MaXXXine’ é final chocho para trilogia de terror com Mia Goth
Filme chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (11)
A homenagem ao cinema de horror, presente em X: A Marca da Morte e Pearl, é ainda mais explícita em MaXXXine, que estreia nesta quinta-feira (11). Entretanto, a franquia comandada pelo diretor Ti West e pela estrela do gênero Mia Goth chega ao seu final sem o vigor dos antecessores.
A trama de MaXXXine se passa nos anos 80. Maxine Mynx tenta trocar o cinema pornô por uma carreira em Hollywood. Quando finalmente aparece a oportunidade de trabalhar em uma sequência de um sucesso de terror, ela precisa fugir de um serial killer ligado ao seu passado.
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A ambientação oitentista é impecável, com direito a uma trilha sonora deliciosa. Mas, assim como a sua protagonista, o filme tenta dar uma amenizada no tom transgressor. Enquanto X: A Marca da Morte e Pearl eram viscerais, MaXXXine parece se esforçar para se encaixar no padrão de Hollywood.
O diretor Ti West joga a violência e a sexualidade para o segundo plano. Aqui, quase nada é explícito. O que pode causar um certo desapontamento nos fãs da franquia.
A própria Maxine perde força. Mia Goth parece um pouco cansada no papel e acaba ofuscada pelos coadjuvantes. Elizabeth Debicki e Kevin Bacon brilham como uma diretora de cinema linha-dura e um advogado calhorda, respectivamente.
O problema dessa mudança de foco é que trama principal não se sustenta. O mistério sobre quem ameaça Maxine é facilmente resolvido por quem viu X: A Marca da Morte ou prestou atenção na primeira cena do filme.
O resultado é um encerramento chocho da trilogia. Não chega a ser um desastre, mas falta força para a franquia conseguir a sua almejada estrela na calçada da fama dos clássicos de terror.
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