Duca Leindecker expõe raízes da MPB em novo álbum solo
Disco traz parcerias com Humberto Gessinger e uma canção composta pelo seu filho, Guilherme

Ele já foi considerado o maior guitarrista do Rio Grande do Sul. Tocou em bandas que marcaram o rock gaúcho, como a Bandaliera. Criou sua própria banda, a Cidadão Quem, que ficou conhecida em todo o país. Fez o duo Pouca Vogal com Humberto Gessinger e seguiu carreira solo.
Estamos falando de Duca Leindecker, que depois de um hiato de sete anos, está lançando seu terceiro álbum solo, o Tudo que se tem, composto e gravado durante o período de um ano em que Duca morou nos Estados Unidos.
“Fui morar nos Estados Unidos e aproveitei para fazer um disco novo. Estava longe de tudo, concentrado, com estúdio muito bom. Compus tudo lá. Depois construí um estúdio aqui em Porto Alegre para mixar este disco”, contou Duca em entrevista ao Enigmas do Rock.
Mesmo lançado primeiro nas plataformas digitais, o conceito do álbum segue o bom e velho vinil. “O álbum é muito vinil. É um conceito de LP, de pensar em um álbum que tenha dois lados”, relatou. Aliás, em breve, também estará disponível em vinil.
Ao todo são dez canções, unindo poesia e musicalidade. O álbum traz canções que mantém o estilo de composições de seus discos anteriores. Mas também, há canções que trazem uma batida bossa-nova, com samba e uma pitada de rock. Tudo isso de forma proposital.
“Eu fiz o projeto Pedidos e me abri para minhas raízes da bossa nova, do samba, da MPB. O rock chegou nos anos 80 e atropelou a MPB. Eu embarquei neste barco e surfei nesta onda. Eu tenho minhas raízes na MPB. Isso começou aflorar mais e virar uma fusão legal, porque tenho o DNA do rock muito forte”, explicou.

Um dos temas presentes nas suas letras retoma no novo trabalho: a existência e sua relação com o tempo (ou para o bem ou para o mal), como está na canção Tudo que se tem, a faixa-título que ganhou um videoclipe.
Nele, Duca e os músicos que o acompanham, Guilherme — seu filho — e Cláudio estão em um depósito de objetos “velhos”, mas que trazem histórias e ligações afetivas (a foto da capa foi feita neste local, um depósito em Porto Alegre, e lá estão 29 objetos deles que trazem uma relação afetiva — no encarte do disco esses objetos são mapeados e identificados).
O disco ainda traz duas parcerias com Humberto Gessinger, a Calmo e De volta pra casa. “As músicas com o Gessinger são um privilégio e elas ficam únicas, que acho que não ficariam se fossem feitas só por mim ou só por ele”.

Mas vale destacar também a faixa Fogo (uma das faixas que mais ouvi), que não tem na composição um dedo do Duca e sim a mão inteira de seu filho.
“Eu tinha um celular e fui trocar. Fui baixar minhas músicas que haviam composto e gravado lá e não conseguia. Quando consegui, baixaram um monte, que não eram minhas e sim do Guilherme. Havia uma delas, que tinha o nome de Cabelo de Fogo, que achei linda e falei que ia gravar”, contou.
Tudo que se tem é um álbum que merece ser ouvido com muita atenção, tanto pela musicalidade que navega em várias ondas diferentes, como pelas letras, que trazem as aflições e reflexões da atualidade. Será que tudo que se tem na vida é necessário? Fica a dica.
Confira a entrevista completa abaixo.
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