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Blog da Fabíola Reipert

Nando Reis fala sobre luta contra alcoolismo e diz que já subiu ao palco ‘em estado lastimável’

Cantor contou que é membro do Alcoólicos Anônimos e explicou que resolveu falar sobre o tema para ajudar quem vive situação parecida

Fabíola Reipert|Fabíola ReipertOpens in new window

Nando Reis desabafou sobre a luta contra o alcoolismo Reprodução/Instagram/@nandoreis

O cantor Nando Reis, de 62 anos, resolveu abrir o coração e falar sem rodeios sobre a luta que enfrenta contra o alcoolismo.

Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, exibido na última sexta-feira (20), o músico revelou que é membro do Alcoólicos Anônimos e que o maior obstáculo no processo foi justamente negar que tinha um problema.

“O alcoolismo, a doença que eu sofro, é estigmatizada, tem preconceito, falta de informação. Eu, com quase nove anos de sobriedade, me sinto seguro para tratar disso, sabe? Sou uma figura pública. Em inúmeras ocasiões, já me apresentei em estado lastimável, ou seja, fui identificado com isso. Fiquei estigmatizado também”, contou Nando durante a conversa com Cissa Guimarães.


O artista explicou que resolveu falar abertamente sobre o tema não só por experiência própria, mas para ajudar quem vive situação parecida.

“Já abri meu anonimato. Sou membro do Alcoólicos Anônimos. Tenho falado e escrevi músicas sobre isso. Nos shows, quando falo sobre isso, é uma comoção porque é um problema. As pessoas fingem que não existe problema, certo? E é um horror isso que a gente está vivendo, de negação. Negacionismo é um negócio péssimo. A melhor coisa é aceitar, enfrentar. Enquanto neguei a mim que eu sofria de um problema, eu não consegui sair. E não quer dizer que só ter a consciência vá te garantir. É um negócio difícil pra caramba. Sofri muito, fiz sofrer. Não quero isso para ninguém.”


Nando ainda criticou o preconceito que cerca o alcoolismo e o glamour que a bebida ainda carrega na sociedade.

“Falo: ‘Bicho, eu consegui, é uma barra pesada. Você não tem que ter vergonha, você não é vagabundo. Não é falta de força de vontade, nada disso’. É uma doença como outra. A pessoa tem diabetes, eu sou alcoólatra. Pronto. Não posso beber, o outro não pode comer chocolate, não posso beber. Tudo bem. Só que a bebida tem esse glamour, né? Eu digo porque eu glamourizei. Parei e tenho falado (sobre o assunto)”, afirmou.


E mesmo com toda essa fase difícil, ele garante que a música sempre foi levada com seriedade. Segundo Nando, o álcool nunca atrapalhou na hora de gravar ou produzir seus discos.

“Sob o ponto de vista do trabalho, é claro que tem benefícios. Tenho autocrítica exacerbada, então, de alguma maneira, o álcool dava uma diluída nisso. Porém, mesmo em todos os 40 anos de doideira que eu vivi, na hora de gravar ou de escolher a música, eu sempre estive lúcido porque a crítica depende de uma consciência de lucidez. Nada do que eu fiz nos discos, eu estava doidão.”

Nando Reis ainda fez questão de deixar claro que nada veio fácil. “Não sou um gênio. Eu trabalho, trabalho, trabalho, trabalho. Às vezes, dá certo. Às vezes, é bom. Às vezes, não”, finalizou.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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