De cara nova, Honda City chega mais potente e econômico, mas custa até R$ 130 mil
Renomeado como New City, o sedã compacto aposta em itens de tecnologia e segurança e promete agradar até aos 'órfãos do Civic'
Garagem R7|Do R7
O novo Honda City desembarcou no Brasil completamente repaginado e mais espaçoso, recheado de itens de segurança e tecnologia, com a proposta de oferecer conforto interno e melhor dirigibilidade e ainda aliviar o bolso do motorista, com um desempenho de dar inveja aos concorrentes.
Mais que isso, o sedã médio, cujo design permanece igual, pode ocupar uma lacuna para os órfãos do Civic, despreparados para comprar o sedã maior com cotação em dólar, uma vez que deixou de ser fabricado no Brasil. O R7 dirigiu o novo Honda City EXL — ou New City — por mais de 500 km e traz as impressões.
A começar pelo exterior, o novo City apresenta vincos marcantes no capô e na lateral, que acompanham a carroceria de lanterna traseira a dianteira — as luzes em LED completam o conjunto (só a versão Touring vem com tudo em LED). As rodas de liga-leve de 16 polegadas mesclam a pintura preta com faces diamantadas, o que confere mais modernidade ao sedã.
Quanto à carroceria, o modelo ficou mais largo (cerca de 5 cm), mais comprido (quase 10 cm) e levemente mais baixo — tudo para melhorar a aerodinâmica. Os japoneses garantem que, com os 4,5 metros, o Honda City se tornou o mais comprido da categoria — que tem Chevrolet Ônix Plus, Toyota Yaris Sedã, Nissan Versa, Volkswagen Virtus e Chevrolet Cobalt.
A traseira chama atenção pelas alterações. Se antes as lanternas do modelo 2021 possuía mais recortes e tons mais claros, agora o City vem com o acessório traseiro mais escurecido e linhas mais afiladas.
Interior
Por dentro, o Honda City também é um novo carro. A começar pelo painel, que confere sofisticação tanto a quem dirige como ao passageiro. A esportividade é uma marca da integração entre volante, velocímetro, sistema de ar condicionado e a central multimídia.
A partida do City é no botão e o destravamento das portas limitado ao toque na maçaneta, desde que a chave física esteja próxima.
A nova central multimídia, de 8 polegadas, é totalmente acessível ao toque — os poucos botões têm poucas funções. Assim como já é praxe no mercado, tudo se integra aos sistemas Android e Apple sem necessidade de fio. Os vários ângulos da câmera de ré, para estacionamento, são ali espelhados, à vista de motorista e demais passageiros. Em movimento, o isolamento acústico é um ponto de atenção.
Quanto à segurança, o City traz, apenas na versão Touring (topo de linha), o pacote Sensing, que reúne tecnologias como o controle de distância do veículo à frente (ACC), sistema de frenagem automática diante de obstáculos à frente (CMBS), permanência na faixa de rolagem (LKAS), ajuste de direção automática ao sair da pista (RDM) e ainda a compensação automática de farol ao cruzar com outros veículos à noite (AHB).
Independentemente da versão, o novo Honda City (EX, EXL e Touring) vem com assistente de estabilidade, seis airbags, alerta de pressão de pneus e câmera de ré, entre outros itens.
Precisa de turbo?
A nova versão do sedã compacto japonês vem equipada com um motor feito de alumínio, de quatro cilindros e aspirado, 1.5 e 16 válvulas. A Honda preferiu deixar o motor 1.0 turbo, de 122 cavalos, nos modelos que estão nas ruas da Tailândia. Por aqui, o aspirado de 126 cavalos ganhou a disputa. Portanto, nada de turbo.
Ao pé do motorista, o carro responde muito bem e é agressivo na estrada. A potência é bem distribuída entre as sete marchas do já conhecido câmbio CVT, que garante eficiência e aquelas passagens sem nenhum solavanco.
Ainda ao dirigir, o ponto de grande destaque do novo Honda City é o consumo. Na estrada, o sedã chegou a fazer 19,5 km/litro na gasolina. Em ciclo misto, que compreende também o anda-e-para da cidade, recuou para 14 km/litro. De qualquer forma, surpreende a eficiência do carro, especialmente num momento de escalada dos preços dos combustíveis.
Preço e fãs do Civic
O Honda City vai competir com o primo maior, mas isso já estava nos planos da montadora. Isso porque o Civic só virá de fora e, provavelmente, com preço mais salgado com a cotação em dólar. No caso do City, os preços vão variar e chegam a quase R$ 130 mil — versão EX por R$ 113 mil, EXL a partir de R$ 120,2 mil e a Touring por R$ 129,6 mil. Será que vale?
Mais que se preocupar com o parceiro Civic, o City quer fazer frente aos sedãs compactos rivais. Os dados mais recentes de emplacamento da Fenabrave mostram que a montadora japonesa terá que, inicialmente, escolher entre consolidar a segunda posição ou intensificar a caça ao líder – o Ônix Plus.
Em maio, as vendas do City já ganharam tração sobre abril e, no acumulado de 2022, somam 9.927 unidades em circulação no país (22% do segmento). Já o Chevrolet Ônix Plus detém mais da metade das vendas, com 23 mil exemplares vendidos entre janeiro e maio.
Para completar, não dá para descuidar do Toyota Yaris Sedã, que já foi parar em 5.500 garagens do país (12,4% do total). Os próximos meses vão mostrar se o renovado City caiu mesmo no gosto do brasileiro.
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