Pai quer proibir escola de enviar lição de casa
Depois de participar de tarefa escolar do filho, pai entra na Justiça para abolir a lição de casa
Melhor Não Ler|Do R7
Uma escola de São Sebastião de Arariboia foi surpreendida com uma ação movida por José Maria Tutupico, pai de um aluno do terceiro ano do Ensino Fundamental. Nela, o reclamante pede a suspensão imediata do envio de lições de casa que exijam a participação dos pais, alegando que a atividade tem causado transtornos psicológicos à família.
Em sua defesa, a escola afirma que a inclusão dos pais nas tarefas se deu após uma pesquisa que mostrou que 85% dos pais não sabem o que acontece no país. A ideia é que os filhos levem as principais notícias do dia à família para que, juntos, discutam os rumos da nação.
Porém, Tutupico evocou o artigo 1º da Nova Constituição Tupiniquim que declara que "todo cidadão tem o direito de viver em sua própria bolha sem se importar com o que acontece na vida real, pois o novo real é a verdade de cada um".
O menino de 10 anos, que gostava do momento em família, fez uma crítica à escola: "Vocês podiam ter pegado mais leve, né? Agora já era!" E mostra algumas matérias das últimas tarefas:
"Advogado diz que, se o crime já aconteceu, de que adianta punir?"
"Advocacia brasileira vai trabalhar para que ex-presidiário que assaltou o país reassuma a Presidência para roubar o pouco que restou."
"Juiz que vendeu sentenças é punido com aposentadoria compulsória e vai receber R$ 40 mil por mês pelo resto da vida, sem trabalhar."
"A temporada de chuvas deste ano provoca enchentes em áreas ‘racializadas’, gerando racismo ambiental e mudança climática para os mais pobres."
"Quem vai querer saber que está vivendo em um país desse?", questiona o menino. Ninguém soube responder, e as lições foram suspensas.
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser.
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