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Château Lafleur abandona a AOC de Bordeaux: o que isso significa para a região?

Produtor ícone de Bordeaux rompe tradições e aposta em mais liberdade para inovar

Adega do Déco|André RossiOpens in new window

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Château Lafleur, famoso vinho de Bordeaux, deixará o sistema AOC a partir de 2025.
  • Decisão permite maior liberdade para experimentar novas práticas vitivinícolas, considerando as mudanças climáticas.
  • Outros produtores em Bordeaux também estão buscando modernização, adotando práticas orgânicas e biodinâmicas.
  • A saída do Lafleur sinaliza a necessidade de repensar a tradição e inovação no mercado vinícola.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Château Lafleur abandona a AOC de Bordeaux: o que isso significa para a região? Licença Creative Commons

O Château Lafleur, um dos vinhos mais icônicos de Bordeaux, anunciou uma decisão histórica: deixar o prestigiado sistema de denominação de origem controlada (AOC). A partir da safra de 2025, seus vinhos passarão a ser classificados como “Vin de France”, permitindo ao produtor maior liberdade para experimentar novas práticas vitivinícolas. Essa escolha reflete os desafios enfrentados pelos produtores da região, principalmente diante das mudanças climáticas e das regras rígidas da AOC, que frequentemente restringem a inovação.

Com essa transição, o Château Lafleur poderá adotar variedades de uvas e técnicas de vinificação que antes não eram permitidas dentro das normativas tradicionais. Isso se torna particularmente relevante em um cenário em que o aquecimento global tem exigido novas soluções na viticultura. A família Guinaudeau, proprietária do Château, busca preservar a qualidade e o legado de seus vinhos, enquanto ganha flexibilidade para adaptar suas práticas às condições atuais, cada vez mais desafiadoras.

A decisão do Lafleur, contudo, não é completamente inédita em Bordeaux. Outros produtores já buscaram romper com as tradições em busca de modernização. Um exemplo é o Château Loudenne, no Médoc, que reformulou sua produção após ser adquirido por investidores internacionais, adotando práticas orgânicas para renovar a marca. Embora ainda dentro da AOC, o Château Palmer, na denominação Margaux, também ilustra essa tendência, tendo implementado práticas biodinâmicas para mitigar o impacto das mudanças climáticas. Além disso, pequenos e médios produtores da região têm optado pelo selo “Vin de France” para atender às demandas por vinhos mais ousados e modernos, como os naturais e os elaborados com uvas não tradicionais.

Essa movimentação em Bordeaux marca o início de uma potencial transformação no mercado vinícola. Enquanto o sistema AOC representa tradição e prestígio, muitos produtores sentem que as regras já não acompanham as exigências do mercado global e dos desafios ambientais. A saída de um nome tão respeitado como o Château Lafleur sinaliza a necessidade de repensar o equilíbrio entre tradição e inovação.


A decisão do Château Lafleur não é apenas um marco para Bordeaux, mas também uma demonstração de coragem para reimaginar a vinicultura em tempos de transformação. Em um cenário global onde a criatividade e a sustentabilidade ganham cada vez mais relevância, a região de Bordeaux parece buscar uma reinvenção, preservando seu legado enquanto explora novas fronteiras.

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