Quais os benefícios do vinho para a sua saúde?
Entenda quais podem ser as consequências para o seu corpo
Que o consumo moderado de vinho faz bem à saúde não é novidade para ninguém, pois inúmeros estudos já foram realizados e divulgados ao longo do tempo. Sempre aparece uma nova pesquisa com dados animadores para os enófilos. Os últimos dois estudos divulgados reforçam essa tese.
O primeiro foi um estudo da Queen’s University Belfast (Reino Unido), que descobriu que beber vinho tinto ou chá, assim como comer frutas vermelhas, pode reduzir o risco de demência em até 28%. O estudo analisou uma coorte de 120.000 adultos, com idades entre 40 e 70 anos, usando dados do UK Biobank.
Embora os cientistas tenham admitido que a idade e a genética são os maiores fatores de risco no desenvolvimento dessa doença, que deve atingir cerca de 153 milhões de casos no mundo até 2050, o impacto da dieta na redução do risco também é significativo.
De acordo com o pesquisador líder do estudo, professor Aedin Cassidy, as descobertas foram “mais notáveis” em indivíduos com alto risco genético, bem como naqueles com sintomas de depressão. “Nossas descobertas mostram que consumir seis porções adicionais de alimentos ricos em flavonoides por dia, em particular frutas vermelhas, chá e vinho tinto, está associado a um risco 28% menor de demência”, acrescentou.
Ele ressaltou que atualmente não há “nenhum tratamento eficaz” para a doença, então intervenções preventivas devem ser “uma grande prioridade de saúde pública”.
Jerez e Doenças Arteriais
Outro estudo recentemente divulgado foi feito pela Universidade de Barcelona, que descobriu que o consumo moderado de Jerez — um vinho fortificado produzido no sul da Espanha — pode ajudar a restaurar artérias comprometidas, como aquelas que acumulam gordura (colesterol) em suas paredes e, ao longo do tempo, vão se entupindo, comprometendo a passagem de sangue e podendo causar ataques cardíacos e derrames, por exemplo. O estudo foi publicado na Clinical Nutrition e envolveu 38 voluntários do sexo masculino, com idades entre 55 e 80 anos. Todos os participantes consumiam álcool moderadamente e apresentavam três ou mais dos seguintes fatores de risco: fumante ativo, hipertensão, alto colesterol, obesidade e/ou histórico familiar de doença cardiovascular. Do total de participantes, 92% foram classificados como obesos, 71% como hipertensos, 23% como diabéticos tipo 2 e 13% como fumantes.
Os voluntários foram divididos e receberam 30 gramas de etanol (aproximadamente o equivalente a duas taças de vinho) por dia, na forma de Jerez ou gin, por três semanas, seguido por um período de duas semanas em que não podiam consumir álcool. Os pesquisadores também monitoraram a dieta por meio de registros alimentares e ligações semanais.
Os resultados mostraram um aumento de 40% na expressão de células progenitoras endoteliais (EPC), que atuam como um mecanismo de defesa ao se anexar às paredes das artérias danificadas e reparar sua função após a ingestão de Jerez, enquanto os bebedores de gin não mostraram nenhum efeito significativo. Os participantes do grupo do vinho também observaram uma diminuição de 3% e 4% na pressão arterial, respectivamente. O grupo do gin teve resultados muito diferentes, com um aumento de 0,7% no colesterol total e um aumento de 10% no colesterol LDL.
Mas fica aqui o alerta que sempre faço: bebam sempre com moderação, pois os efeitos do álcool em excesso são sempre piores! Portanto, responsabilidade sempre!
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