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7 dicas de espumantes nacionais para suas festas de final de ano

Saiba também como os espumantes se tornaram a bebida da celebração

Contra Rótulo|Dado LancellottiOpens in new window

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O espumante não se tornou a bebida do Ano Novo por acaso; ele foi construído para ser o símbolo máximo da alegria Imagem gerada pelo Gemini Nano Banana

Prepare o gelo e as taças! O final de ano chegou e, com ele, aquela vontade de estourar um espumante sem precisar comprometer o orçamento das férias.

O Brasil é, reconhecidamente, um dos melhores produtores de borbulhas do mundo, e selecionei 7 rótulos que entregam luxo no sabor com preços que cabem no bolso.


Mas antes dessas dicas, você sabe porque os espumantes se tornaram a bebida da celebração e deste momento?

Essa tradição é uma mistura fascinante de história da realeza, marketing inteligente e um toque de “barulho” festivo. O espumante não se tornou a bebida do Ano Novo por acaso; ele foi construído para ser o símbolo máximo da alegria. Eis 3 motivos principais que explicam esse fenômeno:


1. O “vinho dos reis”

Tudo começou na França, muito antes de existirem as festas de Réveillon como as conhecemos. O vinho da região de Champanhe era usado na consagração dos reis franceses na Catedral de Reims. Isso criou uma associação imediata da bebida com poder, nobreza e grandes ocasiões.

Curiosamente, no século 19, com a ascensão da burguesia após a Revolução Industrial, as pessoas queriam imitar os hábitos da nobreza. Comprar uma garrafa de espumante para celebrar a virada do ano era uma forma de “beber como um rei” por uma noite.


2. O ritual do estouro

Diferentemente de um vinho comum, o espumante oferece uma experiência sensorial completa: o som da rolha estourando, o famoso “pop”, as bolhas subindo na taça e a espuma que transborda. Este ato de estourar a rolha tem muito simbolismo envolvido, pois é visto como um “batismo” do ano que chega. O som alto e a pressão da garrafa lembram fogos de artifício, e a tradição diz que o barulho ajuda a afastar as energias negativas do ano velho, dando as boas-vindas à sorte.

3. A democratização e o marketing

No final do século 19, os produtores de Champanhe, na França, começaram a investir pesado em publicidade, ligando a bebida a cartazes de festas, casamentos e, claro, ao final de ano. Eles começaram a produzir garrafas com preços um pouco mais acessíveis para que a classe média também pudesse participar do ritual.


O grande “boom” no Brasil aconteceu a partir da década de 70 e 80, quando as vinícolas nacionais, como as que vou apresentar a vocês, passaram a produzir espumantes de altíssima qualidade com preços muito competitivos, tornando o brinde da meia-noite obrigatório em qualquer casa, da elite ao povo.

Assim sendo, que rufem os tambores. Confira essas dicas para brindar 2025 e receber 2026 em grande estilo:

Casa Perini Vintage Blend Nature Reprodução Instagram @casaperini

1. CASA PERINI VINTAGE BLEND NATURE - PREÇO MÉDIO: R$ 105,00

A Família Perini começou sua jornada em 1888 com a chegada do imigrante Giuseppe Perini e sua esposa Castellan ao Vale Trentino, em Farroupilha. O projeto “Vintage Blend” é uma celebração da maestria de Benildo Perini, mantenedor do legado dos pais, em misturar safras, uma técnica que busca a constância perfeita.

Diferentemente de outros rótulos, este Nature, sem adição de açúcar, foca na pureza das uvas Chardonnay e Pinot Noir. O nome “Vintage” remete à seleção das melhores colheitas da vinícola, que hoje é gerida pela 4ª geração da família.

Curiosamente, a vinícola ficou mundialmente famosa após um de seus espumantes ser eleito o 5º melhor do mundo em 2017, impulsionando a marca para o mercado global sob o olhar atento de Franco Perini.

Ponto Nero Enjoy Trebbiano Reprodução Instagram @ponto_nero

2. PONTO NERO ENJOY BRUT TREBBIANO - PREÇO MÉDIO: R$ 99,00

O Ponto Nero é o braço moderno do Grupo Famiglia Valduga, criado para ser descomplicado e urbano. A linha “Enjoy” nasceu com o objetivo de quebrar o ritual formal do espumante, focando no prazer imediato.

O diferencial aqui é a uva Trebbiano, uma aposta do enólogo Jones Valduga para trazer um frescor cítrico e leveza. A marca “Ponto Nero” faz alusão ao “ponto de equilíbrio” e à elegância da cor preta, simbolizando o design contemporâneo de suas garrafas.

É um projeto jovem, com investidores focados em tecnologia de ponta na região de Bento Gonçalves, ideal para quem busca uma bebida vibrante, com a 1ª safra desta linha específica tendo surgido para rejuvenescer o portfólio da casa.

Cave Geisse Brut Reprodução Instagram @familiageisse

3. CAVE GEISSE BRUT - PREÇO MÉDIO: R$ 165,00

Se existe um “rei do espumante” no Brasil, seu nome é Mario Geisse. Engenheiro agrônomo chileno, ele veio ao Brasil nos anos 70 para dirigir a Chandon e percebeu que a região de Pinto Bandeira tinha um solo único, vulcânico.

Ele fundou sua própria vinícola em 1979 com um foco obsessivo no método tradicional. Hoje, seus filhos, Daniel, Ignácio e Rodrigo Geisse, gerem o negócio que é frequentado por críticos internacionais.

A 1ª safra comercial consolidou o terroir de Pinto Bandeira como o melhor para espumantes no país. No rótulo, a elegância sóbria reflete a filosofia da família: a natureza manda, o homem apenas interpreta. Um clássico da vinícola!

Casa Valduga 130 Brut Reprodução Instagram @casavalduga

4. CASA VALDUGA 130 BRUT - PREÇO MÉDIO: R$ 149,00

Este rótulo é pura história líquida e um espetáculo. Criado em 2005 para celebrar os 130 anos da chegada da família Valduga ao Brasil, o “130” tornou-se um ícone de luxo acessível em um desafio técnico vencido pelos irmãos Erielto, Juarez e João Valduga. Trata-se de um espumante feito das uvas Chardonnay e Pinot Noir.

O projeto envolveu um alto investimento em caves subterrâneas, as maiores da América Latina, para o amadurecimento das garrafas. O sucesso foi tanto que o “130” deixou de ser uma edição comemorativa para virar um rótulo fixo, acumulando prêmios, ganhando outras edições mais sofisticadas como “Blanc de Noir” e “Blanc de Blanc” e provando que a tradição iniciada em 1875 permanece viva.

Estrelas do Brasil Pinot Noir Extra Brut Rosé @contra_rotulo_Dado Lancellotti_Copyright

5. ESTRELAS DO BRASIL PINOT NOIR EXTRA BRUT ROSÉ - PREÇO MÉDIO: R$ 140,00

A Estrelas do Brasil é um projeto autoral e fascinante localizado no alto de uma montanha em Faria Lemos. Os “personagens” por trás deste rótulo são dois enólogos renomados: Irineo Dall’Agnol e o uruguaio Alejandro Cardozo.

Eles decidiram criar uma vinícola “boutique” focada apenas em produtos de alta gama. O nome é uma homenagem às famosas palavras de Dom Pérignon: “Estou bebendo estrelas!”.

Este Pinot Noir Extra Brut é fruto de um cultivo cuidadoso em espaldeira, onde os próprios donos cuidam do vinhedo. Sem grandes grupos de investidores por trás, o foco é a amizade e a paixão técnica, resultando em um espumante com cor de casca de cebola e complexidade rara para a faixa de preço. Delicioso!

Casa Pedrucci Blanc de Blancs Brut Tradicional Reprodução Instagram @casapedrucci

6. CASA PEDRUCCI BLANC DE BLANCS BRUT TRADICIONAL - PREÇO MÉDIO: R$ 108,00

Gilberto Pedrucci é o nome por trás desta vinícola que opera em uma charmosa construção de pedra em Garibaldi, a capital do espumante. Pedrucci é um dos enólogos mais respeitados da região e ex-presidente da Associação Brasileira de Enologia.

O projeto da Casa Pedrucci é familiar e focado no método champenoise, de fermentação na garrafa. O rótulo Brut Tradicional é o “carro-chefe” da Casa, mantendo a receita clássica que rendeu à vinícola o prêmio de melhor espumante do mundo por associações de jornalistas em anos anteriores.

A curiosidade fica por conta da estrutura da vinícola, que mantém o frescor natural ideal para o repouso das leveduras, sem necessidade de grandes sistemas de refrigeração artificial.

Vallontano Brut Reprodução Instagram @vallontano

7. VALLONTANO BRUT - PREÇO MÉDIO: R$ 107,02

Situada no coração do Vale dos Vinhedos, a Vallontano é liderada pelo enólogo Luís Henrique Zanini, um entusiasta da filosofia de intervenção mínima e também criador do projeto Era dos Ventos em que produziu o melhor vinho “laranja” do Brasil.

O nome “Vallontano” deriva de “Vale Distante”, uma referência romântica à localização dos vinhedos originais. O projeto contou, em seus primórdios, com a consultoria e parceria do amigo da família Ciro Lilla, proprietário da Mistral, uma das importadoras de vinho mais prestigiosas do Brasil, que ajudou a posicionar a marca como uma “vinícola de autor”.

O espumante Brut da Casa busca refletir a tipicidade do Vale, com uvas Chardonnay e Pinot Noir colhidas à mão. É uma escolha para quem valoriza a história de pequenos produtores que lutam para manter a identidade do vinho artesanal em um mercado de grandes indústrias. Zanini é um craque!

Sugestões de vários tipos e que garantem a sua diversão e brindes saborosos.

Boas festas e feliz ano novo🍾🥂🍾🥂!

Para saber mais acompanhe o perfil @contra_rotulo no Instagram e no Threads.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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