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Makes & Afins

Desleixadas? Famosas vão ao Globo de Ouro com unhas sem esmalte

Atitude também pode ser considerada uma quebra do paradigma da beleza tradicional

Makes e Afins|Mariana MorelloOpens in new window

Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro 2025 de "Melhor Atriz em Filme de Drama" Reprodução/Instagram/sonypicturesbr

Que mulher nunca ouviu algum comentário sobre a importância de manter as unhas feitas? Nem descascando, nem sem esmalte. Sempre pintadas. De cores claras — no máximo um vermelho —, e bem cortadas. Nada chamativo! As unhas pintadas são mais um símbolo da pressão estética sob a qual todas as mulheres estão sujeitas. Mais uma obrigação que nosso gênero tem para se aproximar do ideal de feminilidade. Porém, no tapete vermelho do Globo de Ouro 2025, o normal foi outro. Atrizes como Fernanda Torres e Tilda Swinton surgiram com as unhas limpas.

Esta atitude em um dos eventos mais importantes e vistos do mundo reacende a problemática do ideal de beleza, e da crença de que uma mulher sem as unhas feitas é desleixada. Ainda mais quando notamos que homens não tem a mesma obrigação social. Fernanda e Tilda vão na contramão das expectativas, reescrevendo possibilidades.

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Com indicações na premiação, o filme ‘A Substância’ é uma produção que traz uma baita crítica a essa indústria imagética. A produção escancara o “prazo de validade” dado, principalmente, à beleza feminina e todas as condições que envolvem este “belo” (idade, raça, altura, peso e fenótipos).

A escolha das unhas limpas também pode ser mais um sintoma da era “clean girl”, estética que domina as redes sociais desde 2023. Nela, menos é (muito) mais. Cores saem de moda, texturas e modelagens ficam mais clássicas, as unhas mais curtas e neutras e até as maquiagens trazem só um aspecto de rosto saudável (bem distante da febre dos iluminadores de 2016, por exemplo).


Porém, como tudo que vira moda, até estéticas disruptivas se tornam um novo modelo de comportamento e, com ele, criam uma nova pressão estética com a necessidade de pertencimento. Seria a unha com “cara de não feita” a próxima jogada?

Podemos especular muitas teorias por aqui. Mas o principal é reforçar a importância do direito de escolha sobre pintar, ou não, as unhas. Além de sempre lembrar que a beleza é plural e uma estética não exclui ou diminui a outra.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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